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Papa pede combate ativo contra violência sexual na Internet

A Igreja católica, como o resto da sociedade, 'deve despertar as consciências' diante da violência sexual na Internet e nas redes sociais, pediu o papa.

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Publicado em 06/10/2017 às 16:23
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A Igreja católica, como o resto da sociedade, 'deve despertar as consciências' diante da violência sexual na Internet e nas redes sociais, pediu o papa. - FOTO: Foto: AFP/Arquivos
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A Igreja católica, como o resto da sociedade, "deve despertar as consciências" diante da violência sexual na Internet e nas redes sociais, e que afeta particularmente os jovens, pediu nesta sexta-feira o papa Francisco.

"Devemos manter os olhos abertos e não esconder uma verdade que é desagradável e que não gostaríamos de ver", declarou o papa ao receber no Vaticano uma assembleia de cientistas, sociólogos, advogados e representantes do setor digital.

"Já não compreendemos nesses anos que esconder a realidade do abuso sexual é um grave erro e fonte de tantos males?", questionou o papa argentino aos especialistas.

"A Igreja católica nos últimos anos tornou-se cada vez mais consciente de não ter feito o suficiente no seu interior para a proteção dos menores: foram revelados casos gravíssimos sobre os quais devemos reconhecer nossa responsabilidade", acrescentou.

O papa enumerou os riscos crescentes para os jovens: disseminação de imagens pornográficas cada vez mais extremas, o fenômeno do 'sexting', o envio de mensagens sexuais, assédio, a 'sextorsão' (chantagem ou captação de jovens na internet).

Para não mencionar crimes mais graves, como a prostituição ou estupros ao vivo.

"Diante de tudo isso ficamos certamente horrorizados, mas infelizmente também desorientados", lamentou o papa Francisco.

"Mas não devemos permitir que o medo nos domine", acrescentou o pontífice, que pediu aos especialistas "não subestimarem" o impacto das imagens sexuais sobre as crianças, não confiarem excessivamente em filtros automáticos e não cair na "visão ideológica e mítica da rede como um reino de liberdade sem limites".

"Não se trata de um exercício de liberdade, mas de crimes, contra os quais devemos lidar com inteligência e determinação, expandindo a cooperação entre os governos e a aplicação da lei a nível global", apontou Francisco.

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