Tailândia

Junta militar promete eleições em novembro de 2018 na Tailândia

Tailândia sofreu um golpe de estado em maio de 2014

AFP
Cadastrado por
AFP
Publicado em 10/10/2017 às 8:12
Foto: AFP
Tailândia sofreu um golpe de estado em maio de 2014 - FOTO: Foto: AFP
Leitura:

O chefe da junta militar que governa a Tailândia, o general Prayut Chan-O-Cha, prometeu nesta terça-feira que o país terá eleições em novembro de 2018. A votação foi adiada diversas vezes após o golpe de Estado de maio de 2014. 

"Em novembro de 2018 vai acontecer uma eleição. Está claro?", afirmou o general na sede do governo.

Desde a visita do general à Casa Branca em 3 de outubro, a imprensa tailandesa destaca o atraso do regime militar na organização das eleições. 

O general Prayut prometeu ao presidente Donald Trump eleições em 2018, mas desde seu retorno a junta não havia mencionado o tema.

"O presidente Trump saudou o compromisso da Tailândia com um mapa do caminho que levará a eleições livres e  justas em 2018", afirmou um comunicado conjunto publicado pela Casa Branca no dia do encontro, que foi muito comentado na Tailândia.

Em agosto de 2016, o general havia prometido organizar eleições em 2017 no caso de aprovação da Constituição, o que estimulou muitos eleitores a votar 'sim' em agosto de 2016. Mas depois não foi anunciada nenhuma data.

Controle militar

Independente do resultado, com a controversa Constituição adotada em 2016 a junta continuará controlando o Parlamento, já que designa todo o Senado.

O objetivo dos militares é modificar profundamente o sistema político para impedir de maneira duradoura o retorno ao poder da oposição, liderada pelo ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra e sua irmã, ambos no exílio para evitar julgamentos, que consideram politicamente motivados.

Até o momento os militares recorreram principalmente ao golpe de Estado, em 2006, para derrubar Thaksin e em 2014 para afastar Yingluck do poder. Mas os Shinawatra sempre retornaram ao poder após a organização de eleições.

Este seria o motivo, segundo os analistas, do pouco entusiasmo dos militares para organizar eleições.

Últimas notícias