O papa Francisco defendeu nesta segunda-feira (23) o "status quo" de Jerusalém, uma "cidade santa onde todos devem poder viver em paz", depois de receber no Vaticano o patriarca ortodoxo grego de Jerusalém, Teófilo III.
"A Cidade Santa, seu status quo, deve ser defendido e preservado, porque deve ser um lugar onde todos possam viver juntos e em paz, caso contrário a infinita espiral de sofrimento continuará para todos", alertou o papa.
"Qualquer forma de violência, discriminação, ou manifestação de intolerância contra crentes, ou contra locais de culto de judeus, cristãos, ou muçulmanos deve ser rejeitada firmemente", ressaltou o pontífice, que visitou Jerusalém em 2014 acompanhado por um rabino e um líder muçulmano, ambos argentinos como ele.
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"A situação de incerteza e falta de entendimento entre as partes continua a gerar insegurança, restrição dos direitos fundamentais e a fuga de um grande número de pessoas de suas terras", afirmou o papa.
Francisco também pediu "livre acesso" a todos os crentes, judeus, muçulmanos e cristãos, aos lugares sagrados de Jerusalém e clamou pelo fim da "violência e das manifestações de intolerância".
O pontífice agradeceu ao patriarca ortodoxo grego por sua contribuição para a recente restauração do Santo Sepulcro em Jerusalém, onde, de acordo com a tradição cristã, Cristo foi sepultado.
A igreja está localizada na Cidade Velha de Jerusalém, perto dos lugares mais sagrados para os judeus e os muçulmanos, ou seja, do Muro das Lamentações e da Esplanada das Mesquitas.
Francisco também expressou a esperança de que as várias comunidades cristãs que vivem na Terra Santa "continuem a ser reconhecidas como parte integrante da sociedade, como cidadãos e crentes por direito próprio", afirmou.