CONFLITO

Otan debaterá com a Rússia ajuda aos talibãs

O tema afegão será abordado com o embaixador russo, considerando que Rússia e Otan têm interesses comuns na luta contra o terrorismo

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Publicado em 25/10/2017 às 17:30
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O tema afegão será abordado com o embaixador russo, considerando que Rússia e Otan têm interesses comuns na luta contra o terrorismo - FOTO: Foto: AFP
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A suposta ajuda de Moscou a talibãs está na agenda de um encontro entre a Otan e a Rússia previsto para quinta-feira em Bruxelas, informou nesta quarta-feira (25) o presidente do Comitê Militar da aliança atlântica, o tcheco Petr Pavel.

Durante uma reunião com jornalistas em Washington, o general Pavel indicou que o Afeganistão estaria "na agenda" das discussões entre os embaixadores dos 29 países da Otan e seu contraparte russo, Alexandre Grouchko.

Questionado sobre rumores segundo os quais Moscou entregaria armas aos talibãs, Pavel disse não ter "visto nenhuma prova" de vendas deste tipo, mas afirmou que de acordo com algumas informações a Rússia "abasteceria de combustível empresas que depois o vendem aos talibãs".  

O tema afegão será abordado com o embaixador russo, considerando que Rússia e Otan têm interesses comuns na luta contra o terrorismo, acrescentou.  

Combate ao extremismo

A Rússia busca frear o avanço dos extremistas no Afeganistão, temendo a desestabilização das ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central, que Moscou considera como parte de sua esfera de influência. 

O chefe das forças americanas no Afeganistão, o general John Nicholson, criticou em fevereiro a Rússia por outorgar "influência e legitimidade" aos talibãs, obstaculizando os planos da Otan no país. 

Um mês depois, o general americano Curtis Scaparrotti, chefe das forças da aliança atlântica na Europa, declarou no Congresso que "pode ser" que a Rússia esteja fornecendo aos talibãs, embora não tenha precisado quais tipos de materiais.  

Pavel, por sua vez, disse a OTAN tenta promover um encontro entre o general Scaparrotti e o chefe do estado-maior russo Valeri Guerassimov.

A reunião deve ser "até o fim do ano", disse.

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