Os Estados Unidos darão 60 milhões de dólares para a força de combate aos extremistas no Sahel - anunciou o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, em nota divulgada nesta segunda-feira (30).
"Esta é uma batalha que temos de ganhar, e esta contribuição terá um papel-chave para alcançar o objetivo", afirmou o secretário, classificando de "sócios regionais" os membros do G5 Sahel, composto por Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger.
Washington já havia manifestado apoio ao G5 no passado e conta com tropas e drones no terreno para reforçar as operações contra combatentes extremistas.
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O Conselho de Segurança da ONU deve se reunir ainda hoje para examinar as opções disponíveis para fortalecer o braço antiextremista do G5. A França quer estabelecer uma plataforma multilateral que garanta assistência a suas ex-colônias.
Os EUA deixaram claro, porém, que, apesar de apoiarem diretamente os membros do G5, não querem que a ONU dirija essa força, ou administre recursos econômicos e logísticos.
Tillerson não quis ir a Nova York para participar da reunião junto com o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian.
Em seu lugar, estará a embaixadora do país na ONU, Nikki Haley, que "representará os Estados Unidos e nosso total compromisso com a segurança do Sahel".
Sem lei
Essa ampla região do norte da África é uma terra sem lei desde que a Líbia caiu no caos em 2011, os islamitas assumiram o controle do norte do Mali em 2012, e o Boko Haram aumentou sua presença no norte da Nigéria.
No começo de outubro, quatro soldados americanos morreram em uma emboscada perto da fronteira entre o Níger e o Mali.
A ONU perdeu este ano em ataques 17 membros de sua missão de manutenção de paz no mali, um dos piores balanços deste tipo de força.
O ministro maliense das Relações Exteriores, Abdulaye Diop, também pediu o "apoio multilateral, inclusive o das Nações Unidas", a única forma "de garantir a previsibilidade e a perenidade dos recursos, assim como o apoio operacional à força conjunta".
Os diplomatas franceses asseguraram que os Estados Unidos não fecharam totalmente a porta a um apoio da ONU ao G5. Le Drian afirmou assim à imprensa que uma nova resolução do Conselho de Segurança detalharia em breve "as articulações entre a Minusma e a Força Conjunta".