A Polícia japonesa descobriu nove corpos mutilados e decapitados alocados em refrigeradores e contêineres em um apartamento da periferia de Tóquio, reportaram meios de comunicação locais nesta terça-feira (31).
A Polícia de Tóquio deteve um homem de 27 anos que, segundo a imprensa, confessou ter esquartejado os corpos e jogado as partes no lixo, tentando dissimular as provas ao espalhar areia para gatos.
O homem estava sendo julgado por esquartejar e guardar um corpo em uma geladeira, acusação que não nega, informou à AFP um porta-voz da Polícia de Tóquio.
"Ele declarou: 'esquartejei um cadáver, coloquei em um congelador e joguei areia para gatos por cima. Queria esconder a pessoa que havia matado e dissimular as provas'", assinalou este porta-voz da Polícia, sem dar mais detalhes.
Segundo a imprensa local, o suspeito confessou à Polícia ter cortado em pedaços os cadáveres em uma banheira e "jogado partes e órgãos na lixeira". Na casa teria sido encontrada uma serra.
Policiais e jornalistas entraram nos arredores do grande terreno onde fica a residência, no tranquilo bairro residencial de Zama, um subúrbio no sudoeste de Tóquio, cujos habitantes não conseguiam acreditar que tais atos de violência tivessem sido cometidos a poucos passos de suas casas.
"É realmente cruel. Usou uma serra para desmembrar os corpos. Não deve ser alguém normal para fazer coisas desse tipo", disse à AFP um vizinho, Hideaki Hosogaya, de 83 anos.
"Achava que era um cheiro proveniente dos bueiros", disse outro morador do bairro, citado pelo jornal Sankei Shimbun, acrescentando que "nunca havia sentido um odor similar".
A Polícia utilizou lonas azuis para tapar o interior do edifício e cobriu as janelas do apartamento onde estavam os corpos mutilados.
Leia Também
'Morrer comigo'
As autoridades investigavam o desaparecimento de uma mulher de 23 anos e estabeleceram uma relação entre ela e o morador do apartamento, assinalou a Polícia.
Esta mulher tuitou "busco alguém para morrer comigo", indicou o jornal Sanker Shimbun.
De acordo com outros meios de comunicação, o jovem e esta mulher entraram em contato por meio de um site com informações sobre suicídio. Uma câmera de vigilância registrou na segunda-feira (30) imagens do homem acompanhado pela jovem, indicou a emissora pública NHK.
Ela estava desaparecida desde 21 de setembro e seu irmão mais velho notificou o seu sumiço à Polícia, informou o Asahi Shimbun.
Nesta terça-feira, os policiais encontraram duas cabeças em um refrigerador que ficava na entrada do apartamento, e logo depois fizeram outras descobertas macabras, segundo a agência de notícias Jiji.
"Durante a investigação foram encontradas cabeças de nove pessoas" em diversos congeladores e outros contêineres no apartamento, informou a emissora de televisão privada TBS.
O Japão tem um baixo índice de criminalidade, mas às vezes são registrados casos de extrema violência.
Em julho de 2016, um jovem japonês confessou ter assassinado com uma arma branca 19 pessoas em um centro para deficientes mentais, onde trabalhava.
Em 1997, um aluno de 14 anos decapitou outro de 11 anos, a quem conhecia, e colocou a sua cabeça em uma grade que ficava em frente à escola.