EUA

FBI está tratando incidente em NY como terrorismo, dizem fontes à CNN

Chefe da polícia de Nova York confirmou que 11 vítimas foram levadas ao hospital com ferimentos graves e oito pessoas morreram

AFP e Estadão Conteúdo
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AFP e Estadão Conteúdo
Publicado em 31/10/2017 às 18:55
Foto: DON EMMERT / AFP
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Um homem atirou sua caminhonete nesta terça-feira (31) contra ciclistas em Nova York, em "um ato de terrorismo" que deixou oito mortos e uma dezena de feridos em Manhattan, informou o prefeito Bill de Blasio.

"Com base na informação de que dispomos no momento, trata-se de um ato de terrorismo (...) particularmente covarde", disse o prefeito democrata durante entrevista coletiva, na qual lamentou "este dia muito doloroso para nossa cidade".

"Isto foi dirigido a civis inocentes, dirigido a pessoas que vivem suas vidas e que não tinham ideia do que iria ocorrer. Neste momento sabemos que oito pessoas inocentes perderam suas vidas e que mais de dez estão feridas".

Foto: DON EMMERT / AFP
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O governador democrata de Nova York, Andrew Cuomo, destacou que a cidade "é um símbolo internacional de liberdade e democracia", o que a faz "também um alvo desta gente que rejeita estes conceitos". "Já vivemos isto antes".

Autor do ataque gritou "Allahu Akbar"

Segundo testemunhas, o agressor jogou sua caminhonete contra ciclistas e pedestres e gritou "Allahu Akbar" (Deus é grande, em árabe) antes de ser baleado pela polícia.

Em um primeiro momento, o presidente Donald Trump qualificou o agressor de "doente e perturbado".

O Departamento de Polícia de Nova York afirmou que o motorista que avançou uma caminhonete contra ciclista e pedestres no sul de Manhattan gritou Allahu akbar (Alá é o maior) quando saiu do veículo armado com dois repórteres. A rede de TV ABC noticiou, por fontes, que o motorista é Sayfullo Saipov, natural do Usbequistão.

"Em NYC parece ser outro ataque de uma pessoa muito doente e perturbada", tuitou o presidente. "As autoridades acompanham isto de perto. NÃO NOS EUA!"

Posteriormente, Trump declarou que "não podemos permitir ao ISIS (grupo Estado Islâmico) retornar ou entrar em nosso país após o termos derrotado no Oriente Médio e em outros lugares. Basta"!

O presidente francês, Emmanuel Macron, expressou suas "condolências e a solidariedade da França a Nova York e aos Estados Unidos". "Nossa luta pela liberdade nos une mais do que nunca. #Manhattan", publicou no Twitter.

Mortos e feridos em Nova York

O chefe da polícia de Nova York, James O'Neill, confirmou a morte de oito pessoas, sendo ao menos seis homens, e que onze vítimas foram levadas ao hospital com ferimentos graves.

Segundo o oficial, o agressor dirigia uma caminhonete alugada branca com um logo da rede de ferragens Home Depot e após o atropelamento bateu contra um ônibus escolar, ferindo dois adultos e duas crianças.

Após a colisão, o homem saiu do veículo com duas armas e foi baleado pela polícia no abdome.

Os policiais verificaram posteriormente que uma arma era de pressão (chumbinho) e outra de paintball. 

Logo após o ataque, policiais, bombeiros e ambulâncias chegaram ao local, à margem do rio Hudson, e bloquearam várias ruas, enquanto helicópteros sobrevoavam o sul de Manhattan.

Segundo os serviços de emergência, o ataque ocorreu às 15H06 (17H06 Brasília) nas ruas Chambers e West Street, no bairro de TriBeCa, na zona da Stuyvesant High School, quando a cidade celebra a festa do Halloween. 

Pais preocupados tentavam cruzar as ruas bloqueadas a procura dos filhos ou aguardavam inquietos na porta de uma escola primária onde a saída dos alunos foi retardada por questão de segurança.

"Vi que dois veículos, um branco e um micro-ônibus, se chocaram. Dois homens queriam brigar na rua. Um tinha duas pistolas, uma em cada mão, e no final chegou a polícia e escutamos três tiros", declarou Manuel Calle, 46 anos, que trabalha em um restaurante próximo. 

Explosão de bomba artesanal em 2016

Este foi o primeiro ato vinculado ao terrorismo em Nova York desde a explosão de uma bomba artesanal, em setembro de 2016, em Chelsea, que deixou 31 feridos leves. Um afegão de origem americana, Ahmad Khan Rahimi, foi condenado por terrorismo no início deste mês.

O patrulhamento em Times Square, uma das zonas mais concorridas do mundo, foi reforçado após a tentativa fracassada de atentado com carro-bomba em 1º de maio de 2010, por parte do imigrante paquistanês Faisal Shahzad.

O explosivo colocado por Faisal não detonou e o homem foi detido quando tentava pegar um voo para o Oriente Médio, sendo condenado à prisão perpétua.

Nova York, alvo dos atentados de 11 de setembro de 2001, é a capital financeira e do entretenimento nos Estados Unidos, com uma população de 8,5 milhões de habitantes. 

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