Catalunha

Puigdemont acusa Madri de preparar onda de violência

Puigdemont acusou Madri de arquitetar um plano para incriminá-lo por incitação à violência

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Publicado em 07/11/2017 às 8:26
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Puigdemont acusou Madri de arquitetar um plano para incriminá-lo por incitação à violência - FOTO: Foto: AFP
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O presidente destituído do governo catalão, Carles Puigdemont, justificou nesta terça-feira sua viagem para a Bélgica ao afirmar que o Executivo espanhol preparava uma "onda duríssima de violência" pela qual ele seria responsabilizado.

Em uma entrevista à rádio pública regional 'Catalunya Radio', Puigdemont explicou a decisão de seu governo por uma divisão, com cinco membros na Bélgica para internacionalizar a causa e os outros na Espanha para responder à justiça, que determinou a prisão preventiva do grupo.

"Penso que não nos equivocamos. Estou absolutamente convencido de que o Estado espanhol havia preparado uma onda duríssima de repressão, de violência, pela qual queria responsabilizar a todos nós", afirmou Puigdemont, que diz representar o "governo no exílio".

Na entrevista, ele não explicou de que maneira sua saída do país contribuiu para evitar a violência que, segundo o catalão, teria sido planejada pelo governo espanhol.

Investigado com todo seu governo por rebelião, sedição de desvio de fundos públicos após a declaração de independência pelo Parlamento catalão em 27 de outubro, Puigdemont e os quatro conselheiros (ministros) que estão em Bruxelas são procurados pela justiça espanhola.

No dia 17 de novembro, um tribunal belga deve examinar a ordem de prisão europeia emitida pela Espanha.

Com o Executivo de Puigdemont destituído, Madri administra a Catalunha até as  eleições regionais de 21 de dezembro.

Os partidos independentistas disputarão as eleições, apesar de considerá-las ilícitas por terem sido convocadas pelo primeiro-ministro Mariano Rajoy, e ainda discutem se isto acontecerá em coalizão ou de modo separado.

Puigdemont defendeu na entrevista a formação de uma lista única para enfrentar o "golpe de Estado" executado, segundo ele, pelo governo espanhol ao destituir seu Executivo e assumir o controle da região.

"Não temos outra alternativa que ir todos juntos", afirmou, ao defender uma "lista ampla com todo o governo (destituído)".

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