Conflito internacional

Trump faz nova advertência à Coreia do Norte

Donald Trump pediu que Kim Jong-Un não subestime a determinação de Washington

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Publicado em 08/11/2017 às 6:28
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Donald Trump pediu que Kim Jong-Un não subestime a determinação de Washington - FOTO: Foto: AFP
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma nova advertência ao líder norte-coreano, Kim Jong-Un, a quem pediu que "não subestime" a determinação de Washington, em meio à crescente tensão pelo programa nuclear de Pyongyang. 

Ao mesmo tempo, Trump ofereceu "um caminho para um futuro melhor".

"As armas que você está desenvolvendo não lhe darão mais segurança. Você está colocando seu regime diante de um grave perigo", alertou durante um discurso no Parlamento em Seul. 

"Apesar de todos os crimes cometidos contra Deus e contra os homens, nós vamos lhe oferecer um caminho para um futuro melhor".

"A Coreia do Norte não é o paraíso com o qual seu avô sonhava. É um inferno que ninguém merece", disse Trump a Kim Jong-Un.  

Antes de fazer o gesto de conciliação, Trump advertiu a Coreia do Norte de que "chegou o tempo da força". "Não nos subestimem", declarou o presidente, afirmando que não deixará que "as cidades americanas sejam ameaçadas de destruição".

"Todas as Nações responsáveis devem se unir para isolar o brutal regime" norte-coreano. "Não se pode apoiar, fornecer ou aceitar" o regime de Kim Jong-Un, disse o presidente em seu discurso no Parlamento, em clara referência à China e à Rússia.

Trump recordou ainda que Kim Jong-Un lidera uma "ditadura cruel" na Coreia do Norte.

Viagem

Após o discurso, o presidente americano viajou para a China, terceira escala de sua visita à Ásia.

Na manhã desta quarta-feira, Trump tentou realizar uma visita surpresa à Zona Desmilitarizada que divide a península coreana, mas desistiu devido ao mau tempo. 

A Casa Branca havia informado que o presidente não visitaria a zona, mas Trump deixou seu hotel em Seul de manhã cedo e embarcou em um helicóptero na base militar de Yongsan.

O helicóptero de Trump, o Marine One, chegou a decolar de Yongsan mas teve que regressar devido ao tempo ruim. O presidente ainda aguardou durante quase uma hora a melhora do tempo, mas foi obrigado a cancelar a visita. 

A visita à Zona Desmilitarizada - onde os soldados de Seul e Pyongyang ficam separados por uma faixa de segurança marcada por blocos de concreto - é habitual na agenda dos presidentes americanos que viajam ao país. 

Trump planejava encontrar o presidente sul-coreano, Moon Jae-In, na Zona Desmilitarizada, no que seria um "momento histórico", já que nunca os líderes dos dois países realizaram tal visita juntos. 

"O esforço mostra a fortaleza e a importância da aliança entre nossos países", destacou a porta-voz Sarah Huckabee Sanders.

China

Donald Trump desembarcou nesta quarta-feira na China, a etapa mais delicada de uma viagem asiática de 12 dias, durante a qual tenta criar uma frente unida contra as ambições nucleares da "cruel ditadura" da Coreia do Norte.

O avião presidencial pousou no aeroporto de Pequim, procedente de Seul, para uma visita de 48 horas à China, país que o republicano criticou duramente antes de sua eleição, há exatamente um ano.

Trump, que desceu do avião ao lado da esposa Melania, será recebido pelo presidente chinês Xi Jinping, a quem elogiou nas últimas semanas.

O presidente americano busca o apoio da China para convencer a Coreia do Norte a renunciar a seu programa nuclear.

"Espero com muito impaciência a reunião com o presidente Xi, que acaba de obter uma grande vitória política", escreveu Trump no Twitter algumas horas antes de chegar a Pequim.

Trump se referia ao novo mandato de cinco anos obtido por Xi Jinping no recente congresso do Partido Comunista da China (PCCh).

Nesta quarta-feira, os dois presidentes visitarão a Cidade Proibida de Pequim, o antigo palácio dos imperadores chineses, e depois os governantes jantarão ao lado de suas esposas.

A parte política da viagem está programada para quinta-feira.

Antes de deixar a Coreia do Sul, Trump fez uma nova advertência à Coreia do Norte.

"Não nos subestimem", declarou Trump em um discurso no Parlamento de Seul.

Todas as nações responsáveis devem unir suas forças para isolar o brutal regime da Coreia do Norte", insistiu Trump diante dos deputados sul-coreanos.

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