O Reino Unido está preocupado com a intenção do presidente americano Donald Trump de reconhecer nesta quarta-feira Jerusalém como a capital de Israel, informou o ministro britânico das Relaciones Exteriores Boris Johnson, em Bruxelas.
"Seguimos com preocupação as informações que ouvimos porque pensamos que Jerusalém deveria, evidentemente, ser parte de uma solução definitiva (ao conflito) entre israelenses e palestinos, uma solução negociada", afirmou Johnson antes de uma reunião da Otan.
"Nós não temos a intenção de transferir nossa embaixada", afirmou o ministro britânico.
Leia Também
Trump pretende ordenar o início dos preparativos para uma mudança, no futuro, da embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv a Jerusalém.
Trump anunciará sua decisão às 18H00 GMT (16H00 Brasília), quando "dirá que o governo dos Estados Unidos reconhece Jerusalém como capital de Israel", revelou um alto funcionário do governo americano, que pediu para não ser identificado.
China
A China manifestou sua "preocupação" com o projeto do presidente americano, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, o que pode provocar uma escalada na região - disse um porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores.
"Estamos preocupados com uma possível escalada das tensões", declarou o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Geng Shuang.
"Todas as partes envolvidas devem levar em conta a paz e a estabilidade regional, serem prudentes em suas ações, evitar minar as bases de uma resolução da questão palestina e se abster de engendrar uma nova confrontação na região", disse o porta-voz chinês.
Turquia
A Turquia advertiu nesta quarta-feira (6) que o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel por parte dos Estados Unidos pode provocar 'um incêndio' na região.
A medida, que em princípio o presidente americano, Donald Trump, deve anunciar hoje, pode "lançar a região e o mundo em um incêndio, cujo fim ninguém pode prever", declarou o porta-voz do governo turco, Bekir Bozdag, em sua conta no Twitter.