Uma extremista francesa, detida pelas forças curdas na Síria, pediu ao presidente Emmanuel Macron para ser repatriada para a França com seus dois filhos para "responder por seus atos", informou nesta quarta-feira (3) sua advogada.
Esse pedido, extremamente delicado para Paris, acontece em um momento em que uma outra figura do entorno extremista francês, Emilie König, acaba de ser detida também pelas forças curdas na Síria.
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A mãe de König acaba de escrever para o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Yves Le Drian, para pedir que ele repatrie sua filha e netos.
A extremista, mãe de duas crianças de 10 meses e dois anos, quer "responder por seus atos ante as autoridades judiciais francesas", segundo a carta escrita em 2 de janeiro por sua advogada, Marie Dosé, ao presidente da República francesa.
A combatente radical, que viajou para a Síria com seu irmão em 2014, é alvo de uma ordem de busca emitida pela França em 2016 e está sendo investigada por um processo aberto em Paris.
A jovem afirma estar atualmente em um campo curdo na Síria, perto da fronteira com a Turquia, junto com outras francesas, entre elas Emilie König, pioneira da yihad francesa que partiu para zona síria-iraquiana em 2012.
Segundo os serviços de inteligência franceses, "algumas dezenas" de adultos franceses, combatentes extremistas e sus esposas, se encontram atualmente nos campos ou em prisões no Iraque e na Síria.
Complexo
O caso das mulheres acompanhadas de seus filhos é o mais complexo e Emmanuel Macron assegurou em novembro que sua sorte será examinada "caso por caso".
A oposição de direita se opõe a qualquer repatriação.