O presidente do Equador, Lenin Moreno, confirmou nesta quarta-feira (3), que seu vice-presidente, Jorge Glas, perdeu o cargo a partir de sua prisão, há três meses, por receber propina da Odebrecht.
"De acordo com o que diz a Constituição, o senhor vice-presidente da República, Joge Glas, deixou suas funções", disse Moreno à imprensa na casa de governo, acrescentando que a lei dá a ele 15 dias para apresentar ao Parlamento um trio de candidatos para eleger um sucessor.
"Vou demorar bastante menos porque um país não pode passar sem um vice-presidente", afirmou o presidente.
"Estamos pedindo as certificações" a organismos competentes para "verificar que estamos atuando dentro do correto" para apresentar o trio.
Glas, que ocupava a vice-presidência do Equador desde 2013, perdeu o cargo à meia-noite de terça-feira diante da "falta definitiva" (por mais de três meses) no exercício do cargo, segundo prevê a Constituição.
Com 48 anos e que desde 2007 ocupava a direção de setores estratégicos no governo do ex-presidente Rafael Correa, Glas é o funcionário na ativa de mais alto cargo condenado pelo megaescândalo de corrupção da Odebrecht na América Latina.
Foi sentenciado em dezembro a seis anos de prisão por receber 13,5 milhões de dólares em propinas.
O agora ex-vice-presidente permanece em uma prisão de Quito desde 2 de outubro passado pelo escândalo de corrupção da Odebrecht, à espera da notificação por escrito da sentença para poder apelar.