Irã

Clérigo culpa redes sociais por protestos no Irã

Ativistas têm divulgado na internet vídeos que mostram protestos contra o governo do Irã

JC Online
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Publicado em 05/01/2018 às 10:37
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Ativistas têm divulgado na internet vídeos que mostram protestos contra o governo do Irã - FOTO: Foto: AFP
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Manifestações favoráveis ao governo acontecem no Irã, após as tradicionais preces muçulmanas de sexta-feira. A imprensa estatal mostrou imagens de atos em Tabriz e Kerman, no terceiro dia de eventos do tipo. Ao mesmo tempo, ativistas têm divulgado novos vídeos que mostram protestos contra o regime.

Os ativistas dizem que os vídeos mostram atos ocorridos em Teerã na noite de quinta-feira, inclusive com palavras de ordem contra o Líder Supremo, o aiatolá Ali Khamenei. Na manhã desta sexta-feira em Teerã, as ruas pareciam calmas, antes das preces do meio-dia.

Em Nova York, uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas deve discutir os distúrbios no Irã, mais tarde.

Pelo menos 21 pessoas foram mortas nos protestos, que começaram na semana passada por causa da alta nos alimentos, antes de se disseminar para outras cidades em quase todas as províncias do país. Autoridades dizem que as manifestações perdem fôlego.

Um clérigo linha-dura, Ahmad Khatami, afirmou hoje na capital iraniana que o país deveria criar seus próprios aplicativos para redes sociais. O religioso atribuiu os protestos dos últimos dias a esses aplicativos. Khatami disse que, após as autoridades bloquearem as mídias sociais, "os distúrbios pararam".

Khatami afirmou que o país não deve apoiar uma rede social "que está nas mãos dos EUA", sem especificar. Ele também defendeu que qualquer um que queime uma bandeira iraniana deve ser sentenciado à morte.

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