Os tchecos votavam nesta sexta-feira (12) em eleições que irão durar até sábado para escolher entre seu presidente em fim de mandato, Milos Zeman, pró-Rússia, pró-China e antimuçulmano, ligeiramente favorito, e seus adversários pró-europeus e mais liberais.
Neste país de 10,6 milhões de habitantes, cerca de 15 mil centros de votação abriram às 13h00 GMT (11h00 de Brasília) e irão fechar às 21h00 GMT (19h00 de Brasília). No sábado, o voto continuará entre às 07h00 e 13h00 GMT.
Os resultados iniciais deste primeiro turno eleitoral serão revelados horas depois do encerramento das seções.
Estas eleições poderiam ser complicadas para o veterano esquerdista de 73 anos, que aspira a um segundo mandato na presidência. Entre os oito candidatos, seu principal adversário é o ex-chefe da Academia de Ciências, Jiri Drahos.
"Claro que estou nervoso", admitiu Zeman em uma entrevista publicada na quinta-feira na capa do diário checo Dnes.
Segundo uma pesquisa realizada no início de janeiro, Drahos, de 68 anos, poderia ganhar no segundo turno, previsto para os dias 26 e 27 de janeiro, com 48,5% dos votos, contra 44% obtido por Zeman.
O presidente em fim de mandato, que se negou a participar dos debates eleitorais, goza do apoio das zonas rurais e dos operários.
Em um país onde grande parte da população se opõe à imigração, seu discurso sobre a crise migratória seduz muitos quando a qualifica de "invasão organizada", e afirma que os muçulmanos são "impossíveis de integrar".
O centrista liberal Drahos é, por sua vez, o candidato favorito dos intelectuais e dos moradores das grandes cidades. De ideias pró-europeias, considera que Praga deve "desempenhar um papel mais ativo na União Europeia".
As eleições presidenciais coincidem com a espinhosa formação de um novo governo após as legislativas de outubro de 2017.