Moscou negou nesta quinta-feira (15) ser a responsável pelo ciberataque 'NotPetya', que começou em junho na Ucrânia e na Rússia antes de propagar-se para o resto do mundo, afetando milhares de computadores, como acusou o Reino Unido.
"Desmentimos categoricamente tais declarações. São infundadas e as consideramos carentes de provas. Seu objetivo é prosseguir com uma campanha russófoba", declarou à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
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A Grã-Bretanha acusou nesta quinta-feira a Rússia de ser responsável pelo ciberataque de junho.
"O governo britânico considera que o governo russo, em particular as Forças Armadas russas, é responsável pelo ciberataque destrutivo NotPetya de junho de 2017", afirmou o secretário de Estado das Relações Exteriores, Tariq Ahmad, em um comunicado.
Alvos do ciberataque
O ciberataque afetou milhares de computadores em todo o mundo e atingiu multinacionais e infraestruturas críticas como o sistema de controle da área do acidente nuclear de Chernobyl e os portos de Mumbai e Amsterdã.
Entre as empresas afetadas estavam a russa Rosneft (petróleo), a dinamarquesa Maersk (transportes), a americana Merck (farmacêutica), a francesa Saint-Gobain (material de construção) e a britânica WPP (marketing).
Na Ucrânia, o país mais afetado, as operações dos bancos foram afetadas e as autoridades destacaram na época um ataque sem precedentes.
O ataque "tinha principalmente o objetivo de perturbar", destacou o ministério britânico em um comunicado.
Londres denunciou em várias ocasiões os atos "hostis" da Rússia.