A primeira-dama americana, Melania Trump, optou nesta sexta-feira (16) por não deixar a Casa Branca na companhia do marido, como estava previsto, para pegar um voo com destino à Flórida, depois que uma segunda mulher afirmou ter tido um caso com o presidente Trump.
Leia Também
A ex-modelo de origem eslovena de 47 anos evitou viajar de helicóptero da Casa Branca até a Base Andrews, e decidiu ir por conta própria, em um trajeto mais longo, para embarcar com Trump rumo ao Estado Ensolarado para passar o fim de semana prolongado.
Aos jornalistas que viajaram com o presidente foi vetado ver a primeira-dama durante o voo, mas ela desembarcou do avião em West Palm Beach com o marido.
Ambos desceram as escadas juntos; ela, de óculos de sol e sem sorrir.
A viagem ocorreu horas depois de a ex-coelhinha da Playboy Karen McDougal afirmar que ela e Trump tiveram um caso em 2006, meses depois de Melania dar à luz Barron, filho caçula do presidente.
McDougal também descreveu os complicados acordos legais e financeiros que precisou fazer para impedir que o romance viesse a público.
Casa Branca
A Casa Branca não respondeu ao pedido de comentários. Mas em uma declaração à revista The New Yorker, um porta-voz anônimo disse que o presidente negou ter tido qualquer relação com McDougal e qualificou as afirmações de "notícias falsas".
Já a porta-voz da primeira-dama, Stephanie Grisham, tentou pôr panos quentes em qualquer especulação sobre o relacionamento do primeiro casal. "Com sua agenda, foi mais fácil encontrar com ele no avião", assegurou.
- Acordo com um tabloide -
Segundo a The New Yorker, o relacionamento entre Trump e McDougal durou nove meses e terminou sem incidentes, mas anos depois, durante a campanha presidencial de 2016, ela vendeu sua história para um tabloide.
A The New Yorker informou que em 5 de agosto de 2016, McDougall acordou outorgar à American Media Inc (AMI), empresa proprietária do tabloide National Enquirer, os direitos exclusivos sobre "qualquer relação romântica, pessoal ou física, que tenha tido com um 'homem casado'".
O acordo alcançou o montante supostamente de 150.000 dólares, mas a história nunca foi publicada.
O National Enquirer, que apoiou a candidatura de Trump à Presidência, pertence a David Pecker, que se declara amigo do hoje presidente.
"Pecker realmente o considerava um amigo", disse à The New Yorker, Jerry George, um ex-editor-chefe da AMI. "Nunca publicamos uma palavra sobre Trump sem o seu consentimento".
A AMI nega que tenha procurado influenciar Trump.
Sugerir que a AMI "está envolvida em algo que lhe permitiria ter influência sobre o presidente dos Estados Unidos é ridículo", declarou a empresa em um comunicado.
"Fui eu quem aceitou, sendo assim também é culpa minha. Mas não entendi o alcance dos parâmetros" do acordo, disse McDougal à The New Yorker, em alusão ao suposto pagamento.
A história se assemelha à da atriz pornô Stormy Daniels, que também assegura ter tido um caso com Trump em 2006.
Na terça-feira, o advogado pessoal do presidente, Michael Cohen, admitiu ter pago 130.000 dólares a Daniels, nome artístico de Stephanie Clifford, mas não deu detalhes sobre os motivos deste pagamento.
Cohen disse que fez o pagamento por conta própria e que não foi reembolsado. "Nem a Organização Trump, nem a campanha de Trump participaram da transação", afirmou.
A ONG Common Cause revelou ter "razões para acreditar" que o dinheiro deve ser considerado gasto de campanha "porque foi pago com o objetivo de influenciar as campanhas presidenciais de 2016".