"Decidi (...), junto ao clamor de muita gente desesperançada (...) diante do meu Senhor, botar meu nome e a liderança que tenho por graça como opção para as próximas eleições presidenciais", disse Bertucci durante um ato religioso na cidade de Valencia (norte). O religioso não informou qual partido o apoiará.
Após quase um mês do anúncio da antecipação das eleições, Bertucci surge como o primeiro oponente de Maduro, que enfrenta uma aguda crise econômica com escassez de alimentos e remédios.
A coalizão opositora Mesa de la Unidad Democrática (MUD) ainda não decidiu se participará, em meio a divisões entre os cerca de 20 partidos que a formam.
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Com o lema "O evangelho muda", Bertucci, nascido em Guanare (noroeste) e muito ativo nas redes sociais, dirige um movimento de voluntários na igreja cristã Maranatha que distribui comida em zonas pobres.
Em um palco com jogos de luzes, o pastor afirmou que a Venezuela "terá que se preparar para ouvir em rede (de rádio e televisão) todos os domingos a mensagem de esperança que mudou milhares nesta igreja e vai mudar milhões neste país".
Segundo Bertucci, "a única forma de que haja mudança na Venezuela" é que nas próximas eleições a participação seja maciça.
Uma investigação jornalística baseada nos vazamentos dos Papéis de Panamá e difundida no site Armando.info o vinculou em 2016 a uma empresa panamenha de importação de alimentos, associação que ele negou em uma coletiva de imprensa.
As votações, que são realizadas tradicionalmente em dezembro, foram convocadas de forma antecipada pela Assembleia Constituinte governista que rege na Venezuela com poderes absolutos.