ATAQUE

Mais de 100 estudantes desaparecidas após ataque na Nigéria

O grupo Boko Haram é o responsável por este ataque, além de várias outras investidas violentas na Nigéria

JC Online
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Publicado em 23/02/2018 às 15:53
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O grupo Boko Haram é o responsável por este ataque, além de várias outras investidas violentas na Nigéria - FOTO: Foto: AFP
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105 estudantes de um internato feminino seguiam desaparecidas após um ataque do grupo extremista Boko Haram em Dapchi, no nordeste da Nigéria, informaram nesta sexta-feira (23) à AFP seus familiares.

"Depois de sermos enganados pelas autoridades que primeiro negaram o sequestro, antes de nos fazerem crer que nossas filhas tinham sido resgatadas, decidimos trabalhar juntos para libertá-las", explicou Bashir Manzo, presidente da associação que acaba de ser criada pelas famílias das jovens desaparecidas.

"Uma lista completa da todas as meninas desaparecidas foi estabelecida e nós compilamos 105 nomes", acrescentou.

"O pai de cada uma das meninas se apresentou e nos deu seu nome, o nome de sua filha, sua idade, sua turma, sua cidade natal e seu número de telefone", explicou Manzo, cuja filha de 16 anos, Fatima, está entre as desaparecidas.

De acordo com moradores ouvidos pela AFP, milicianos do grupo extremista nigeriano, fortemente armados, atacaram na segunda-feira a cidade de Dapchi. Eles atiraram para o alto e detonaram granadas.

Muitas estudantes e professoras fugiram pelo medo de sequestro, como o que aconteceu com as alunas de Chibok, no estado vizinho Borno, há quatro anos.

Uma das meninas que conseguiu escapar dos extremistas, Aisha Yusuf Abdullahi, contou que várias de suas colegas escalaram o muro da escola, antes de entrarem em veículos estacionados no lado externo. Esses carros poderiam pertencer aos criminosos.

O grupo Boko Haram realiza desde 2009 uma insurreição violenta no nordeste da Nigéria, que deixou mais de 20.000 mortos e 2,6 milhões de deslocados.

Seus milicianos sequestraram milhares de pessoas, incluindo mulheres e crianças. 

O sequestro de 276 estudantes em 2014 provocou uma onda de indignação mundial.

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