A justiça negou nesta sexta-feira (9) a permissão ao separatista preso Jordi Sánchez para ir ao Parlamento catalão para ser eleito presidente, o que cria um novo bloqueio na situação política desta região.
O ex-presidente catalão, Carles Puigdemont, por sua vez, não descarta novas eleições.
Os deputados catalães pretendiam debater na segunda-feira (12) a posse de Jordi Sánchez, designado por Puigdemont como seu sucessor, mas esse encontro agora parece muito pouco provável ante a decisão tomada pelo Supremo Tribunal.
Embora os independentistas somem maioria no Parlamento, Sánchez não é apoiado por uma pequena formação secessionista, colocando em dúvida se sua candidatura irá conseguir superar os votos contra dos partidos não separatistas.
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De toda forma, a lista independentista que levou mais votos nas eleições de 21 de dezembro, Juntos pela Catalunha, defendeu que "Sánchez continua sendo o candidato à posse", declarou seu porta-voz, Eduard Pujol.
Como ex-presidente da influente associação separatista ANC, Jordi Sánchez, de 53 anos, está em prisão preventiva perto de Madri por suposta sedição ao convocar uma manifestação em setembro.
A intervenção judicial já freou em janeiro a posse de Puigdemont, afastado pelo governo de Madri após a fracassada declaração de independência de 27 de outubro e atualmente residente na Bélgica.
Puigdemont desistiu de ser presidente e designou Sánchez como seu sucessor. Se o bloqueio persistir, existe o risco de uma repetição eleitoral.
"Não é uma tragédia que sejam realizadas novas eleições", declarou Puigdemont em uma entrevista ao jornal diario nacionalista catalão El Punt Avui.