As forças turcas cercam desde segunda-feira a cidade de Afrin, uma área do noroeste da Síria controlada por uma milícia curda que tem o apoio dos Estados Unidos mas que Ancara considera "terrorista", anunciou o exército da Turquia.
"A cidade de Afrin está cercada desde 12 de março", afirma o exército em um comunicado citado pela agência pública Anadolu.
A cidade de Afrin é o principal alvo da ofensiva iniciada em 20 de janeiro pela Turquia contra a milícia curda das Unidades de Proteção Popular (YPG).
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Após várias semanas de avanço gradativo, as tropas turcas e seus auxiliares sírios assumiram o controle de várias localidades nas proximidades de Afrin.
Na sexta-feira, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, afirmou que as forças do país poderiam entrar em Afrin "a qualquer momento".
Um ataque frontal a Afrin é muito arriscado pela presença de milhares de civis, afirmam analistas.
Centenas de civis fugiram da cidade na segunda-feira, de acordo com a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Mais de 200 civis morreram desde o início da operação turca no norte da Síria, segundo o OSDH. O governo de Ancara nega bombardear a população civil.
Na semana passada, as YPG anunciaram o envio a Afrin de 1.700 combatentes que lutavam contra o grupo Estado Islâmico (EI) na região leste da Síria.
O regime sírio enviou forças paramilitares para apoiar as YPG, que solicitaram ajuda ao poder central.
EUA
O governo dos Estados Unidos apoia as YPG na luta contra o Estado Islâmico na Síria, nas regiões ao leste do rio Eufrates.
A Turquia acusa as YPG de vínculos com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a organização armada dos curdos turcos que realiza uma guerra de guerrilha no sudeste do território turco, perto da fronteira com a Síria.
O PKK é considerado um grupo "terrorista" pela Turquia e seus aliados ocidentais.
A guerra na Síria que completa sete anos em 15 de março, provocou mais de 350.000 mortos, segundo o OSDH.