A União Europeia lamentou nesta segunda-feira (19) as "violações e deficiências" denunciadas pelos observadores da eleição presidencial russa, especialmente a ausência de adversários e as pressões sobre os opositores ao presidente reeleito Vladimir Putin.
"A eleição ocorreu em um ambiente jurídico e político muito controlado, marcado pela contínua pressão sobre as vozes críticas (...) Esperamos que a Rússia aborde as violações e deficiências comunicadas pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE)", afirma uma declaração da UE.
De acordo com a União Europeia, "a missão de observação da OSCE registrou restrições às liberdades de reunião, associação e expressão, bem como ao registro de candidatos, o que limitou a margem de manobra para um compromisso político e que resultou em falta de concorrência real", acrescenta o comunicado.
"Os esforços para aumentar a taxa de participação prevaleceram sobre a campanha dos candidatos, enquanto alguns militantes que questionaram a legitimidade das eleições foram detidos", lamentou a UE.
A União Européia também condenou a votação na Crimeia, cuja anexação não é reconhecida pelo bloco, e a descreveu como "ilegal".
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