Vazamento

Procuradores americanos investigam Facebook

A rede social é acusada de permitir que a empresa britânica Cambridge Analytica utilizasse dados de milhões de usuários

AFP
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Publicado em 20/03/2018 às 20:59
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A rede social é acusada de permitir que a empresa britânica Cambridge Analytica utilizasse dados de milhões de usuários - FOTO: Foto: LOIC VENANCE / AFP
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Procuradores de Nova York e Massachusetts iniciaram uma investigação sobre o escândalo que afeta o Facebook, acusado de permitir que a empresa britânica Cambridge Analytica utilizasse dados de milhões de usuários.

A autoridade reguladora do comércio americano, a Federal Trade Commission (FTC), também iniciou uma investigação sobre como o Facebook administra os dados pessoais dos usuários, informou a imprensa americana.

Eric Schneiderman, procurador do Estado de Nova York, e Maura Healey, procuradora de Massachusetts, enviaram uma carta aos diretores do Facebook exigindo explicações.

"Os consumidores têm direito a saber como são utilizadas suas informações, e empresas como o Facebook têm a responsabilidade fundamental de proteger os dados pessoais de seus usuários", declarou Schneiderman, citado em um comunicado publicado nesta terça-feira. "Os novaiorquinos merecem respostas e se uma empresa ou indivíduo violam a lei, devem prestar contas".

Segundo vários veículos, a Cambridge Analytica utilizou dados pessoais publicados no Facebook de 50 milhões de usuários com objetivos comerciais e políticos.

Os dados foram utilizados para elaborar um programa informático visando influenciar eleitores, especialmente nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016. "Os usuários do Facebook estão preocupados e querem saber quem teve acesso aos seus dados e se consentiram ou não com o uso desta informação", disse Maura Healey em sua conta no Twitter. "Queremos respostas e por isto fazemos esta investigação".

Do outro lado do Atlântico, as autoridades europeias e britânicas encarregadas da proteção de dados decidiram investigar a Cambridge Analytica. Uma representante da Comissão Europeia em Washington também deve pedir "esclarecimentos" ao Facebook.

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