Foi condenado à prisão perpétua, nesta sexta-feira (23), o jovem iraquiano Ahmed Hassan Mohamed Ali, de 18 anos, autor do ataque a bomba no metrô de Londres que deixou dezenas de feridos.
A pena é passível de revisão quando ele atingir 34 anos de idade.
Em 15 de setembro de 2017, Ahmed Hassan colocou uma bomba de fabricação caseira em um vagão de metrô, no horário de pico. O artefato pegou fogo e explodiu, causando queimaduras na maioria dos feridos.
Ahmed Hassan Mohamed Ali foi acusado de tentativa de assassinato e uso de explosivo capaz de pôr a vida de terceiros em risco. Ele se declarou "inocente".
Em sua defesa, o rapaz alegou que queria apenas viver um momento como "o dos filmes", mas o juiz que o condenou foi taxativo: "sua intenção naquela manhã era matar" e "provocar a maior matança e carnificina possíveis".
Mohamed Ali construiu a bomba com 400 gramas do explosivo conhecido como "mãe de Satã", popular entre os extremistas, e 2,2 quilos de metralha, aproveitando que o casal que o hospedava estava de férias.
Jovem disse ter sido "treinado para matar"
Em uma entrevista com o serviço britânico de Imigração, o jovem contou ter sido "recrutado durante três meses" e "ter sido treinado para matar" pelo grupo Estado Islâmico, que reivindicou o atentado.
Durante o julgamento, testemunhas relataram que o autor do atentado dizia odiar o Reino Unido pela morte de seus pais na guerra no Iraque.
O rapaz vivia em Surrey, no sudoeste de Londres, e estudava Jornalismo na Universidade de Brooklands.