Atualizada às 11:30
Os Estados Unidos e outros diversos países do mundo expulsaram diplomatas russos em resposta ao envenenamento de um ex-espião russo no Reino Unido. Países como França, Alemanha, Dinamarca, Canadá e Itália também confirmaram que pedirão a saída de representantes de missões diplomáticas russas de seus países.
MORE: White House statement on the expulsion of Russian diplomats. - @ABC pic.twitter.com/usN0NOamkC
— Conflict News (@Conflicts) 26 de março de 2018
"Rússia deve mudar de atitude se desejar melhores relações", comunicou a Casa Branca, nesta segunda-feira (26).
"Concretamente, 14 países da UE decidiram expulsar diplomatas russo", declarou Tusk em Varna, na Bulgária, onde deve participar de uma reunião dos líderes da UE com o presidente turco Recip Tayyip Erdogan.
Entre os países que anunciaram a expulsão de diplomatas russos, estão Alemanha (quatro expulsos), França (quatro), República Tcheca (três), Itália (dois), Dinamarca (dois), Ucrânia (treze), Polônia (quatro) e Canadá (quatro).
O ex-espião russo Serguei Skripal e sua filha, Yulia, sofreram uma tentativa de homicídio com um agente nervoso, um crime no qual Moscou negou qualquer responsabilidade, denunciando uma campanha de difamação.
Os fatos, ocorridos no início do mês de março na cidade inglesa de Salisbury (sudoeste), onde morava Skripal, constituíram "uma tentativa de assassinato mediante a administração de um agente nervoso", disse à imprensa, em Londres, nesta quarta-feira (7) o comandante da Polícia contraterrorista britânica, Mark Rowley.
Ambos foram hospitalizados e seguem em estado crítico
Ambos foram hospitalizados e seguem em estado crítico A investigação do ataque pode levar meses, estimou na segunda-feira o comandante da polícia antiterrorista britânica.
"Será frustrante para as pessoas. Vai levar semanas, possivelmente meses", disse Neil Basu à BBC. "Temos 400 declarações, e ainda temos que recolher mais. Temos quase 800 objetos e 4.000 horas de imagens de câmeras de segurança", explicou, ilustrando a complexidade do caso. "É frustrante, eu sei, mas é um trabalho consciencioso", disse ele.
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O ministro das Relações Exteriores britânico, Boris Johnson, acusou o presidente russo Vladimir Putin de conduzir seu país "na direção errada", prejudicando as liberdades em casa e matando "supostos inimigos" no exterior.
O fato de que a arma usada contra Skripal foi uma substância que só é fabricada em laboratórios militares russos mostra que foi "destinada para enviar um sinal" aos dissidentes, avaliou Johnson em um artigo no jornal Daily Telegraph. "A mensagem é clara: vamos caçá-lo, nós o encontraremos, vamos matá-lo", acrescentou.