O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, afirmou que "tudo sugere" que a Síria não tem mais capacidades para fabricar armas químicas, mas advertiu que se Damasco voltar a utilizá-las, a França e seus aliados não hesitariam em voltar a atacar.
Em uma entrevista à rádio France Info, Jean-Yves Le Drian recordou que "em agosto 2013 o regime de Bashar al-Assad havia se comprometido a destruir todo seu arsenal químico".
"No entanto, claramente, não destruiu tudo", disse.
Ameaça
"Mas está claro para Bashar al-Assad que se, por acaso, atravessar novamente esta linha vermelha, a resposta seria idêntica", completou o chefe da diplomacia francesa.
"O tema é a arma química. Não declaramos guerra a Bashar al-Assad ou a seus aliados. Simplesmente garantimos que a arma química não volte a ser utilizada", completou.
Estados Unidos, França e Reino Unido realizaram no sábado um ataque contra instalações de produção e armazenamento de armas químicas na Síria, em represália a um suposto ataque químico atribuído ao regime sírio e que teria provocado as mortes de pelo menos 40 pessoas.
Os ataques de sábado foram a primeira operação militar de envergadura ordenada pelo presidente Emmanuel Macron, que assumiu a presidência da França há menos de um ano.
Em 2017, ele afirmou que o uso de armas químicas representaria uma "linha vermelha" e que provocaria uma "resposta imediata" da França.