A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) alertou sobre surtos de difteria na Venezuela e no Haiti, e casos no Brasil e na Colômbia, em sua última atualização epidemiológica sobre uma infecção que pode chegar a matar.
"Na Venezuela, o surto de difteria iniciado em julho de 2016 continua ativo", disse a Opas em seu relatório de 16 de abril sobre essa doença, causada por uma bactéria e que gera inflamação na garganta e dificuldade ao respirar.
Até agora, foram notificados na Venezuela 1.602 casos suspeitos (324 em 2016, 1.040 em 2017 e 238 em 2018), sendo 976 deles confirmados e 142 óbitos (17 em 2016, 103 em 2017 e 22 em 2018), com uma taxa de letalidade acumulada de 14,5%, disse a Opas.
A população mais afetada tem de cinco a 19 anos, acrescentou.
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Casos no Brasil
Brasil e Colômbia também notificaram casos de difteria. Dos seis suspeitos relatados em seis estados do Brasil, um é em Roraima, importado da Venezuela.
Também é importado da Venezuela o caso fatal relatado por autoridades colombianas no fronteiriço departamento de La Guajira - um menino venezuelano, de três anos, morto em janeiro.
No Haiti, registra-se uma taxa de letalidade decrescente, de 10,7% em 2017 e 2018, relatou a Opas.
De acordo com a organização, "no Haiti, o surto foi iniciado no final de 2014 e acumula 410 casos prováveis de difteria, incluindo-se 75 disfunções".
Cinco casos suspeitos de difteria foram informados no Haiti no começo de 2018, similar ao reportado no final de 2017. Desses casos prováveis, 64% correspondem a menores de 10 anos.
Segundo a Opas, a vacinação "é chave" para prevenir casos e surtos e, nesse sentido, a organização recomenda fortalecer os sistemas de vigilância, assim como assegurar a provisão da antitoxina diftérica.
Também recomendou aos viajantes a áreas com casos de difteria que estejam devidamente vacinados. Passados cinco anos desde a última dose, é recomendável reforço, adverte a Opas.