PREOCUPAÇÃO

Papa pede fim da violência na Nicarágua

Manifestações contra reforma na Previdência Social motivaram 24 mortes no país

Agência Brasil
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Publicado em 22/04/2018 às 13:35
Foto: Adreas Solaro/ AFP
Manifestações contra reforma na Previdência Social motivaram 24 mortes no país - FOTO: Foto: Adreas Solaro/ AFP
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O papa Francisco declarou neste domingo (22) que está preocupado com a situação na Nicarágua e, após a reza de Regina Coeli perante milhares de fiéis na Praça São Pedro, pediu "o fim da violência" no país centro-americano. "Estou preocupado com o que está ocorrendo nestes dias na Nicarágua, onde, após um protesto social, ocorreram enfrentamentos que causaram mortes", disse o pontífice, referindo-se às recentes manifestações contra a reforma da Previdência Social naquele país.

Os protestos na Nicarágua tiveram início na quarta-feira (18), mas pioraram no sábado (21), deixando pelo menos dez mortos, segundo informações do governo. Os organismos humanitários asseguraram ontem (21) que 24 pessoas foram mortas. "Manifesto minha proximidade na oração a esse amado país e faço uma chamada para que acabem com toda essa violência, evitem um inútil derramamento de sangue e resolvam pacificamente as questões abertas", disse o papa.

O bispo auxiliar da Arquidiocese de Manágua, Silvio Báez, um dos mais influentes da Nicarágua, qualificou os estudantes que protestam contra o governo como "reserva moral". 

A Iniciativa Nicaraguense de Defensores de Direitos Humanos e o Centro Nicaraguense de Direitos Humanos divulgaram relatório com os nomes dos 24 mortos nos protestos contra a reforma da Previdência. As entidades anunciaram que encaminharão o documento a organismos internacionais de direitos humanos.

De acordo com o último balanço oficial do governo da Nicarágua, divulgado na sexta-feira (20), dez mortes já foram registradas. Desde então não foram divulgados novos números. Entre as dez mortes citadas pelo governo, está a de um agente policial. Ainda segundo as autoridades nicaraguenses, há, entre os 88 feridos, 29 policiais.

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, culpou "pequenos grupos da oposição", cujos nomes não especificou, de serem os causadores das revoltas.

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