EUA E VENEZUELA

Venezuela denuncia o 'cinismo supremacista' de Mike Pence

O governo venezuelano disse que as declarações de Mike Pence são uma forma de encobrir os danos causados pelos EUA na Venezuela

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Publicado em 08/05/2018 às 14:39
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O governo venezuelano disse que as declarações de Mike Pence são uma forma de encobrir os danos causados pelos EUA na Venezuela - FOTO: Foto: AFP
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A Venezuela denunciou nesta terça-feira (8) o "cinismo supremacista" do vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, que pediu a suspensão das eleições de 20 de maio nas quais o presidente Nicolás Maduro tentará a reeleição.

"O Sr. Pence, em seu cinismo supremacista, pretende encobrir os danos que seu governo provocou na sociedade venezuelana", indicou o ministério das Relações Exteriores em um comunicado, reiterando que as eleições vão ser mantidas.

Segundo o governo de Maduro, Washington tenta impor seus ataques - como se refere às sanções impostas a autoridades e empresas venezuelanas - com uma "falsa de preocupação humanitária, cujo objetivo é distorcer a vontade do povo de reapropriar-se das riquezas e os recursos naturais de nosso país".

Na segunda-feira, o vice-presidente americano exigiu na OEA a suspensão das eleições de 20 de maio, que qualificou de "fraude", e desafiou o presidente venezuelano a organizar uma votação "real".

Washington também ampliou suas sanções contra pessoas vinculadas ao governo venezuelano, bloqueando ativos de três cidadãos e de 20 empresas por ligações com o narcotráfico e com lavagem de dinheiro.

A eleição de 20 de maio é boicotada pela coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), que se nega a apresentar candidatos para um processo que qualifica de "show fraudulento".

O governo de Maduro afirmou que o "comportamento arrogante" da Casa Branca reafirma "a decisão da Venezuela de renunciar à sua participação na OEA", instância que acusou de ser um "instrumento de agressão que revive o colonialismo".

"Nos últimos anos, a OEA reafirmou sua condição original de organismo colonialista, a serviço das ambições de dominação de Washington em nossa região", acrescenta o texto.

A Venezuela anunciou sua retirada da OEA em abril de 2017, mas o processo de saída levará dois anos.

 

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