CONFLITO

China pede moderação em Gaza, "especialmente a Israel"

Pedido foi feito um dia depois da morte de ao menos 59 palestinos em confrontos e protestos na Faixa de Gaza contra a embaixada dos EUA em Jerusalém

AFP
Cadastrado por
AFP
Publicado em 15/05/2018 às 7:40
Foto: SAID KHATIB / AFP
Pedido foi feito um dia depois da morte de ao menos 59 palestinos em confrontos e protestos na Faixa de Gaza contra a embaixada dos EUA em Jerusalém - FOTO: Foto: SAID KHATIB / AFP
Leitura:

A China pediu moderação, "especialmente a Israel", um dia depois da morte de pelo menos 59 palestinos em confrontos e protestos na Faixa de Gaza contra a inauguração da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém.

"Pedimos às partes palestina e israelense, especialmente a Israel, que atuem com moderação para evitar uma escalada de tensão", afirmou Lu Kang, porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores.

O Conselho de Segurança da ONU, do qual a China é membro permanente, deve se reunir nesta terça-feira (15) para debater a situação na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza. 

A segunda-feira (14) foi o dia mais violento do conflito israelense-palestino desde 2014

A liderança palestina denunciou um "massacre". O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu justificou o uso da força pelo direito de Israel de defender suas fronteiras contra os atos "terroristas" do movimento islamita Hamas, que governa Gaza e contra o qual Israel travou três guerras desde 2008.

Os acontecimentos de segunda-feira na Faixa de Gaza provocaram uma grande preocupação e críticas da comunidade internacional.

Turquia e África do Sul decidiram convocar para consultas eu embaixadores em Israel. O presidente francês, Emmanuel Macron, "condenou a violência das Forças Armadas israelenses contra os manifestantes".

As forças israelenses mataram mais de 100 palestinos desde 30 de março, quando começou a "Marcha do Retorno", movimento de protesto que reúne regularmente milhares de moradores de Gaza ao longo da cerca de segurança que separa Israel do território palestino.

O número pode aumentar porque está prevista uma nova mobilização na fronteira esta terça-feira, dia em que os palestinos recordam a "Nakba", a "catástrofe", como eles chamam a criação de Israel em 1948 e que foi sinônimo de êxodo para centenas de milhares de pessoas.

Últimas notícias