O cantor venezuelano Evio Di Marzo, irmão do famoso intérprete Yordano, foi assassinado na segunda-feira à noite por criminosos que tentaram roubar seu carro em mais um incidente que destaca os altos índices de criminalidade na Venezuela.
Yordano, que mora em Nova York, onde está em tratamento contra um câncer, confirmou o crime em uma carta que compartilhou em suas redes sociais nesta terça-feira.
"Hoje nas ruas da cidade para a qual eu tenho cantado por todas as suas nuances, assassinaram meu irmão. Meu irmão mais novo entra para a estatística em uma cidade que a cada dia torna-se irrecuperável", escreveu Yordano Di Marzo.
O presidente Nicolás Maduro condenou o homicídio do músico, a quem se referiu como seu "amigo", e prometeu castigar os responsáveis.
"Você nos deixa teu canto, Evio. Que Deus o tenha em sua glória e a tua família nossas condolências e muita força moral (...), chegaremos aos criminosos, tenham certeza absoluta, chegaremos a eles", afirmou o presidente durante um encontro com diretores de veículos de comunicação no palácio de Miraflores.
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Reagiu a assalto
O assassinato aconteceu no bairro Belas Artes - centro de Caracas - quando Di Marzo deixava uma mesquita e foi abordado por ladrões. Ele se recusou a entregar o carro e foi ferido mortalmente, segundo jornalistas locais.
Evio foi levado para o hospital público Miguel Pérez Carreño, mas já chegoy sem sinais vitais. Ele tinha 10 filhos.
Di Marzo, de 64 anos, fundou o grupo Adrenalina Caribe, famoso na Venezuela durante os anos oitenta.
A Venezuela é considerada um dos países mais inseguros do mundo, com uma taxa de 89 homicídios por 100.000 habitantes em 2017 (26.000 casos), catorze vezes a média mundial, de acordo com a ONG Observatório Venezuelano da Violência.