SOFRIMENTO

Japão caça 122 baleias Minke que estavam grávidas

A justificativa do país é que a expedição de caça tem finalidade científica

AFP
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Publicado em 31/05/2018 às 10:50
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A justificativa do país é que a expedição de caça tem finalidade científica - FOTO: Foto: Reprodução
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O Japão matou 122 baleias Minke que estavam grávidas durante sua expedição anual de caça que Tóquio afirma ter fins científicos e que os ambientalistas consideram "espantosa e desnecessária". 

A expedição de quatro meses à Antártida que terminou em março matou 333 baleias Minke, segundo o balanço oficial enviado no mês passado pelas autoridades japonesas à Comissão Baleeira Internacional. 

Do total, 122 estavam grávidas e dezenas eram imaturas, segundo um relatório japonês, um número que a organização ambientalista Human Society International afirmou que representa uma "estatística chocante e uma triste acusação sobre a crueldade da caça japonesa das baleias". 

"É mais uma demonstração, como se fosse necessário, da verdadeira natureza das operações baleeira, espantosas e desnecessárias, especialmente quando se demonstrou que estudos não letais são suficientes para as necessidades científicas", afirmou Alexia Wellbelove, diretora da organização. 

Justificativa

O Japão assinou a moratória sobre a caça da Comissão Baleeira Internacional, mas se ampara em uma cláusula que autoriza a caça de cetáceos com fins científicos.

O consumo de baleia tem uma longa história no Japão, onde os cetáceos são objetos de caça há muito tempo. A indústria baleeira se desenvolveu após a II Guerra Mundial, para aportar proteínas animais aos habitantes do país.

A demanda dos consumidores japoneses, no entanto, diminuiu nos últimos anos.

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