O presidente Donald Trump anunciou nesta sexta-feira, 15, a imposição de tarifas de 25% sobre a importações da China no valor de US$ 50 bilhões, o que deve desencadear uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Pequim prometeu retaliar com medida semelhante e Trump disse que imporá novas tarifas se isso ocorrer.
As barreiras americanas atingem principalmente produtos que contêm tecnologia e são uma resposta ao que a Casa Branca caracteriza como "roubo" de propriedade intelectual e tecnologia pela China. O principal alvo de Trump é a política Made in China 2025, pela qual o país asiático pretende dominar indústrias emergentes de alta tecnologia que dominarão a economia no futuro
"Minha grande amizade com o presidente Xi (Jinping) da China e o relacionamento de nosso país com a China são muito importantes para mim. O comércio entre nossas nações, no entanto, tem sido muito injusto, por muito tempo", disse Trump na nota de anúncio das tarifas. "Essa situação não é mais sustentável."
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Provável retaliação chinesa
Em abril, o presidente americano havia declarado que imporia barreiras adicionais sobre US$ 100 bilhões caso a China respondesse com suas próprias tarifas ao anúncio desta sexta. Se isso ocorrer, Pequim deve retaliar novamente, o que pode criar uma espiral que terá efeitos negativos sobre a economia global.
A retaliação chinesa deve atingir principalmente aviões fabricados pela Boeing, carros e soja, o que pode beneficiar o Brasil.
Trump afirmou que o Made in China 2025 vai impulsionar o crescimento chinês, mas prejudicar o norte-americano e de outros países. "Os Estados Unidos não podem mais tolerar perder nossa tecnologia e propriedade intelectual por meio de práticas econômicas desleais", afirmou Trump.