Os corpos de três bebês foram resgatados e mais de 100 pessoas estão desaparecidas após o naufrágio, nesta sexta-feira (29), de uma embarcação de imigrantes ao longo da costa da Líbia, informaram sobreviventes e membros da Guarda Costeira local.
Cerca de 120 imigrantes estavam a bordo de um bote inflável no momento do naufrágio, ocorrido a seis quilômetros da costa líbia, disseram à AFP sobreviventes levados para a região de Al-Hmidiya, 25 quilômetros ao leste da capital, Trípoli.
Na operação, 16 jovens foram resgatados.
A embarcação zarpou de madrugada da cidade costeira líbia de Garabulli, 50 quilômetros ao leste de Trípoli, relataram sobreviventes à AFP.
Algumas horas mais tarde, houve uma explosão a bordo, e o motor pegou fogo. A embarcação começou a arder em chamas, e os migrantes tentaram se proteger, concentrando-se em um dos lados da embarcação.
Segundo agentes da Guarda Costeira, eles foram localizados por pescadores, que alertaram a Marinha.
Testemunhas disseram que várias famílias marroquinas estavam a bordo, assim como iemenitas. Entre os desaparecidos, estão dois bebês e três crianças de 4 a 12 anos, e entre 10 a 15 mulheres.
Outros 345 migrantes foram socorridos nessa mesma região a borde três embarcações.
Em pouco mais de 10 dias, a Marinha líbia resgatou centenas de imigrantes.
Para milhares de migrantes africanos, a Líbia é um país de destino e de trânsito para a costa europeia.
Os países-membros da União Europeia alcançaram um acordo nesta sexta-feira para criar "plataformas de desembarque" para os migrantes fora de seu território, e tentar dissuadir as travessias do Mediterrâneo.
Mas o marechal líbio Khalifa Haftar, que controla o leste do país, rechaçou qualquer "presença militar estrangeira" no sul "sob pretexto da luta contra a imigração clandestina".
Por enquanto, nenhum país se ofereceu para acolher essas plataformas. O Marrocos já anunciou a sua oposição.