Pelo menos 63 pessoas desapareceram após o naufrágio de um bote no Mar Mediterrâneo, procedente da Líbia, com mais de 100 migrantes a bordo, informaram fontes oficiais, nesta terça-feira (3), à Agência EFE. Segundo o porta-voz da guarda costeira líbia, Ayub Qassem, os migrantes viajavam em uma embarcação que saiu na madrugada dessa segunda-feira (2) da cidade de Qarabuli, um dos principais núcleos do tráfico de pessoas na Líbia, e que afundou por causas desconhecidas a 35 milhas náuticas da costa.
A embarcação era uma das três que, de acordo com Qasem, foram interceptadas durante a madrugada na mesma região, muito longe da área de jurisdição das patrulhas líbias, nas quais viajavam 276 pessoas.
A segunda e a terceira foram encontradas a 44 e 50 milhas, respectivamente, das praias da cidade da Al Hamis, ao oeste da capital.
"Entre os (276) resgatados havia 29 mulheres e 54 crianças procedentes de 14 países da África Subsaariana, além de uma pessoa originária do Egito e 29 do Sudão. O primeiro dos botes começou a afundar quando chegou a patrulha", afirmou.
"Todos foram levados a uma base naval perto de Trípoli e de lá foram transferidos a centros de amparo", detalhou Ayub, que informou que está sendo investigado se há pessoas desaparecidas do primeiro bote.
Tráfico de pessoas
As praias que se estendem entre Trípoli e a fronteira com a Tunísia se transformaram nos últimos dois anos no principal reduto das máfias do tráfico de pessoas, apesar da presença de patrulhas europeias.
Nesta semana aproximadamente 1.200 migrantes foram interceptados na costa oeste da Líbia.