O Brasil lamentou o ataque que as forças de segurança realizaram na sexta-feira contra civis em uma universidade de Manágua, capital da Nicarágua, informou neste sábado o Itamaraty em um comunicado oficial.
"O governo brasileiro deplora os ataques perpetrados, no dia 13/7, pelas forças de segurança e paramilitares, contra estudantes e civis alojados na Universidade Nacional Autônoma da Nicarágua", afirma o texto.
"A escalada de violência contra a sociedade civil, com agressões físicas a eclesiásticos, jornalistas e defensores dos direitos humanos, são inaceitáveis", afirma ainda.
A chancelaria brasileira insiste ainda que "é imperativo que o governo da Nicarágua volte a permitir o trabalho desimpedido do Grupo Interdisciplinar de Peritos Independentes e da Missão Especial de Acompanhamento da CIDH".
O texto também afirma que "o governo brasileiro conclama o governo nicaraguense a restabelecer a convivência pacífica, o funcionamento das instituições democráticas e o Diálogo Nacional".
O caso
Na sexta-feira (13), policiais anti distúrbios e paramilitares do governo de Daniel Ortega invadiram a Universidade Nacional Autônoma da Nicarágua (UNAN) para desalojar os manifestantes que permaneciam entrincheirados desde o início dos protestos.
Muitos estudantes fugiram e se entrincheiraram em uma igreja vizinha, que foi sitiada pelas mesmas forças. Dois manifestantes morreram nos ataques das forças do governo.