Uma forte tempestade tropical provocada por um tufão atingia neste domingo (29) a região central do Japão, menos de um mês depois de inundações catastróficas.
O tufão Jongdari, acompanhado por ventos de até 180 km/h, atingiu o território japonês em Ise, na província de Mie, por volta de 1h00 de domingo (13h00 de sábado no horário de Brasília), segundo a agência meteorológica.
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Foi, no entanto, rebaixado para a categoria de tempestade tropical, mas o estado de alerta permanece vigorando em muitas províncias.
"Continuamos em estado em alerta desde as inundações catastróficas" no início de julho, declarou Koji Kunitomi, uma autoridade do serviço de gerenciamento de crise na província de Okayama, no oeste do Japão.
"Felizmente, neste momento, não há novas inundações", indicou ele à AFP.
Depois de provocar chuvas torrenciais no leste do Japão, a tempestade se movia para o oeste na tarde deste domingo, e as autoridades pediram a dezenas de milhares de pessoas que deixassem suas casas e procurassem abrigos antes que as chuvas se intensificassem.
As televisões transmitiam imagens de enormes ondas batendo nas rochas e diques no sudoeste de Tóquio, e árvores derrubadas pelos ventos.
Pelo menos 19 pessoas ficaram feridas em seis prefeituras do arquipélago, segundo a rede pública NHK.
Mais de 170 voos domésticos foram cancelados neste domingo e o tráfego ferroviário também foi interrompido.
As ondas destruíram no sábado à noite as janelas de um restaurante com vista para o oceano no resort turístico de Atami, a sudoeste da capital.
"Não achávamos que isso poderia acontecer. As onda entraram no restaurante e agradecemos aos clientes por respeitarem as instruções de evacuação", declarou um funcionário do estabelecimento à AFP.
"Felizmente, ninguém ficou gravemente ferido", disse ele, acrescentando que cinco pessoas foram atingidas por cacos de vidro.
Pior desastre climático
Jongdari avançava neste domingo em Chugoku, a região ocidental onde chuvas de magnitude excepcional causaram enchentes e deslizamentos de terra no começo de julho, matando cerca de 220 pessoas. Mais de 4.000 sobreviventes ainda estão alojados em abrigos temporários e muitos moradores em suas casas danificadas.
Essas inundações foram o pior desastre climático que o Japão já viu em décadas.
Antes da tempestade, as autoridades alertaram a população sobre o risco de chuvas torrenciais, deslizamentos de terra, ventos muito fortes e ondas grandes.
As autoridades estão particularmente cautelosas porque muitas pessoas ficaram presas por não terem obedecido às ordens de evacuação - que não são