Homenagens

O mundo reage à morte do ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan

Nascido em Gana, Annan morreu durante esta madrugada em um hospital em Berna, na Suíça, aos 80 anos

AFP e Agência Brasil
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Publicado em 18/08/2018 às 13:32
Foto: Issouf SANOGO / AFP
Nascido em Gana, Annan morreu durante esta madrugada em um hospital em Berna, na Suíça, aos 80 anos - FOTO: Foto: Issouf SANOGO / AFP
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Nascido em Gana, Annan morreu durante esta madrugada em um hospital em Berna, na Suíça, aos 80 anos, segundo informou a fundação Kofi Annan nas redes sociais. A morte do ex-secretário-geral da ONU e Prêmio Nobel da Paz Kofi Annan causou, neste sábado (18), muitas reações e homenagens em todo o mundo.

Reflexos

Brasil

O presidente da República, Michel Temer, lamentou neste sábado (18) a morte do ex-secretário-geral das Nações Unidas e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Kofi Annan.

“Annan deixa exemplo maior de dedicação às causas da paz, do desenvolvimento e dos direitos humanos. Nossas condolências à família”, disse o presidente por meio do Twitter.

O Ministério das Relações Exteriores também se pronunciou e lembrou a trajetória do ex-secretário que foi lembrado como “um amigo do Brasil”. Para o Itamaraty Kofi Annan soube equilibrar os atributos de independência da ONU com o desafio de conciliar os interesses de seus estados membros.

“O governo brasileiro deseja que seja sempre recordado o legado de Kofi Annan, um dos maiores defensores do multilateralismo, para que suas ações e seus ideais de paz, justiça e tolerância continuem a servir de inspiração para as gerações vindouras”, destacou a nota.

O ministro brasileiro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, lembrou que Koffi Annan foi o primeiro negro a assumir o mais alto cargo da ONU.

"Kofi Annan representa o que desejamos no Brasil e no mundo: que mais negros alcancem os espaços de poder, que haja representatividade dos grupos que enfrentam preconceitos e discriminações. O legado do ex-secretário da ONU é crucial para gerar transformações, a partir de ações de promoção da paz no mundo e do estabelecimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - ODMs. É necessário uma ação global para a redução das desigualdades e melhora da qualidade de vida das pessoas", disse.

Nações Unidas

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, expressou sua tristeza pela morte de seu antecessor à frente das Nações Unidas, qualificando-o de "força que guiava para o bem".

"De muitas maneiras, Kofi Annan encarnava as Nações Unidas. Saiu das próprias fileiras para dirigir a organização para um novo milênio, com dignidade e determinação inigualáveis", afirmou.

Gana

O presidente de Gana - país natal de Annan -, Nana Akufo-Addo, declarou uma semana de luto a partir de segunda-feira em homenagem a um de "nossos mais ilustres compatriotas".

União Europeia

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou que "o maior reconhecimento que podemos fazer a Kofi Annan é preservar seu legado e seu espírito".

"Dedicou sua vida a fazer do mundo um lugar mais pacífico e unido", assegurou Juncker.

Rússia

"Sempre admirei sua sabedoria e coragem (...) em momentos críticos. Sua lembrança estará sempre no coração dos russos", declarou o presidente russo, Vladimir Putin, citado em um comunicado do Kremlin.

Espanha

O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, tuitou: "Hoje perdemos um grande humanista. Kofi Annan nos deixa (...), mas ficamos com seu legado para continuar trabalhando pela paz, segurança e para reforçar a defesa dos Direitos Humanos"

França

Em um tuíte, o presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que "a França lhe faz uma homenagem". "Não esqueceremos jamais o seu olhar tranquilo e decidido, nem a força de suas lutas".

Alemanha

Em comunicado, a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou: "Me entristece a notícia da morte de Kofi Annan. Era um homem de Estado excepcional a serviço da comunidade mundial".

África do Sul

O presidente Cyril Ramaphosa qualificou Annan como um "grande líder e diplomata extraordinário", que ajudou a causa da África no seio da ONU e "hasteou a bandeira da paz" em todo o mundo.

The Elders

O grupo The Elders (termo em inglês que significa "idosos", mas também os "sábios"), cofundado por Annan e Nelson Mandela, entre outros, para promover a paz e os direitos humanos, afirmou que o ex-secretário-geral da ONU teve "uma voz de grande autoridade e sabedoria, em público e no privado".

Entre os Elders, além do ex-presidente americano Jimmy Carter, figuram também os ex-presidentes brasileiro Fernando Henrique Cardoso, mexicano Ernesto Zedillo e chileno Ricardo Lagos. 

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