ACIDENTES

Naufrágios deixam mais de 100 migrantes mortos na costa líbia

Há 20 crianças entre as vítimas, segundo a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF)

AFP
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Publicado em 11/09/2018 às 4:19
Foto ilustrativa: ANGELOS TZORTZINIS / AFP
Há 20 crianças entre as vítimas, segundo a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) - FOTO: Foto ilustrativa: ANGELOS TZORTZINIS / AFP
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Mais de 100 pessoas, entre elas 20 crianças, morreram nos naufrágios de duas embarcações na costa da Líbia no início de setembro, anunciou a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), que cita sobreviventes, nesta segunda-feira (10). 

De acordo com os depoimentos coletados pelos funcionários do MSF, os barcos infláveis saíram da costa líbia na manhã de 1º de setembro, com 160 pessoas a bordo em cada um.

Segundo o MSF, havia pessoas de Sudão, Mali, Nigéria, Camarões, Gana, Líbia, Argélia e Egito.

Um dos sobreviventes contou que enquanto um dos barcos estava imobilizado por uma falha no motor, o outro continuou navegando e "começou a esvaziar às 13h00. Havia 165 adultos e 20 crianças a bordo".

"Quando o barco começou a afundar, poucos passageiros estavam equipados com coletes salva-vidas ou sabiam nadar, e apenas os que se agarravam ao casco do barco conseguiram se salvar", explica a testemunha.

Apenas 55 pessoas de sua embarcação sobreviveram. Mais de 20 crianças morreram, segundo a mesma fonte citada pelo MSF. 

Sobreviventes

Entre os sobreviventes destacam-se mulheres grávidas, crianças e bebês, disse o MSF.

A ONG cuidou dos sobreviventes, alguns dos quais apresentavam queimaduras pelas substâncias químicas que saíram do motor do barco, e outros estavam com pneumonia, já que permaneceram na água por muito tempo.

Alguns dos queimados tiveram queimaduras em 75% do corpo, disse Jai Defransciscis, uma enfermeira do MSF que trabalha em Misrata (Líbia).

No domingo, 2 de setembro, a Guarda Costeira da Líbia levou um grupo de 276 pessoas ao porto de Khoms, a 120 quilômetros de Trípoli, entre elas sobreviventes deste naufrágio.

O grupo foi enviado a um centro de detenção sob controle das autoridades líbias, detalhou o MSF.

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