Um homem matou a esposa e outras quatro pessoas a tiros na Califórnia na quarta-feira (12), antes de cometer suicídio, no mais recente capítulo da violência nos Estados Unidos.
Desta vez, o ato de violência aconteceu em Bakersfield, 180 km ao norte de Los Angeles.
"Temos seis mortos, um é suspeito e há cinco vítimas", disse o tenente Mark King, do gabinete do xerife do condado de Kern. "Acreditamos que foi um caso de violência doméstica".
Com este novo episódio, os Estados Unidos registram 254 tiroteios em massa desde o início de 2018.
Matou a esposa
A tragédia ocorreu no final da tarde em uma empresa de transporte, onde o atirador - que não teve a identidade revelada - chegou com a esposa: ele atirou primeiro em um homem e depois nela. Os dois morreram no ato.
"Quando os oficiais atenderam às chamadas de emergência encontraram três vítimas do tiroteio e o suspeito havia fugido", explicou King.
O suspeito seguiu então para uma residência, onde matou um casal a tiros.
"Isto é o novo normal", lamentou o xerife Donny Youngblood.
Ele afirmou que investiga uma possível ligação entre as vítimas do massacre, que aconteceu em um período de 10 a 15 minutos.
"Estes tiroteios não aconteceram por acaso. Tem que existir uma conexão entre as vítimas, porque alguém não sai atirando em certas residências. Há uma conexão entre todos os envolvidos", afirmou o policial.
As autoridades afirmaram que depois de matar as cinco vítimas o homem roubou um carro com uma mulher e uma criança a bordo, que conseguiram escapar a salvo.
A mulher deste carro foi a pessoa que alertou a polícia.
"Às 17h54 (22h54 Brasília), o veículo estava parado diante de uma loja quando o suspeito notou a aproximação de um oficial e se matou", assinalou King.
As imagens da câmera acoplada ao uniforme do policial que localizou o atirador serão analisadas.
"Nossos detetives têm cinco diferentes cenas de crime. Estamos ouvindo cerca de 30 testemunhas", declarou o porta-voz, destacando que o suspeito utilizou uma arma de grosso calibre.
Até o momento não foram divulgadas as idades das vítimas.
Os americanos representam 4% da população mundial, mas concentram 40% das armas de fogo, segundo uma pesquisa recente do Instituto Universitário de Altos Estudos Internacionais de Genebra.
Das 857 milhões de armas em posse de civis, 393 milhões se encontram nos Estados Unidos, de acordo com a Small Arms Survey.