Guerra Civil Síria

Única passagem entre Síria e Golã reabre depois de 4 anos

A reabertura da passagem é uma nova demonstração de que o regime de Bashar al-Assad recuperou o controle do território sírio

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Publicado em 15/10/2018 às 7:24
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A reabertura da passagem é uma nova demonstração de que o regime de Bashar al-Assad recuperou o controle do território sírio - FOTO: SANA / AFP
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A única passagem de fronteira entre a Síria e a parte das Colinas de Golã controlada por Israel foi reaberta nesta segunda-feira (16) depois de ficar fechada por quatro anos em consequência da guerra civil síria.

Resultado de um acordo anunciado na sexta-feira entre ONU, Israel e Síria, dois veículos das Nações Unidas atravessaram a barreira, aberta do lado israelense do cruzamento de Quneitra. A reabertura da passagem é uma nova demonstração de que o regime de Bashar al-Assad recuperou o controle do território sírio.

A reabertura é um novo exemplo da reconquista do território pelo regime de Bashar al-Assad, que é apoiado pela Rússia, Irã e o Hezbollah libanês, na guerra desencadeada em 2011. Foi possível depois que as forças do regime expulsaram os insurgentes de quase toda a província de Quneitra.

Israel, oficialmente em estado de guerra com a Síria, ocupa desde 1965 grande parte das Colinas de Golã, que anexou em 1981. Esta anexação não é reconhecida pela comunidade internacional.

Em 2014, a Força das Nações Unidas de Observação da Separação (FNOUS), responsável por supervisionar o cessar-fogo entre Israel e Síria, precisou abandonar suas posições quando grupos rebeldes e jihadistas tomaram a área. A missão retomou suas patrulhas em agosto.

Em um primeiro momento, a passagem será usada apenas para as operações dos soldados da ONU, informou o Exército israelense.

Antes da guerra

Antes da guerra, os drusos sírios que vivem na parte israelense das Colinas de Golã transitavam pela passagem para ir estudar ou se casar na Síria.

"Nos últimos meses, o Estado de Israel cooperou com os Estados Unidos e a ONU para reabrir a passagem", declarou o Exército israelense em comunicado.

As disputas entre Israel e Síria em 1967 e 1973 provocaram a fuga de milhares de sírios da região. Atualmente, apenas 18.000 drusos, apátridas que perderam suas nacionalidade síria e que recusam a identidade israelense, vivem nas Colinas de Golã.

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