RETORNO SEGURO

Governo hondurenho promete emprego a migrantes da caravana que voltarem

O presidente hondurenho, Juan Orlando Hernández, anunciou um programa de cerca de 27 milhões de dólares para o ''retorno seguro'' dos migrantes

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Publicado em 23/10/2018 às 21:22
Foto: Orlando ESTRADA / AFP
O presidente hondurenho, Juan Orlando Hernández, anunciou um programa de cerca de 27 milhões de dólares para o ''retorno seguro'' dos migrantes - FOTO: Foto: Orlando ESTRADA / AFP
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O presidente hondurenho, Juan Orlando Hernández, anunciou nesta terça-feira (23) um plano para oferecer emprego aos migrantes da enorme carava que avança em direção aos Estados Unidos se retornarem ao seu país, de onde fugiram da pobreza e da violência.

O governante detalhou um programa de cerca de 27 milhões de dólares para o "retorno seguro" dos migrantes, que inclui bônus, moradia, projetos agrícolas, trabalho em obras comunitárias, créditos para microempresas e bolsas de estudo. 

"Enfrentamos uma situação histórica que exige agir com responsabilidade e alto espírito patriótico, há vidas no meio disso", admitiu o presidente em entrevista coletiva com ministros e prefeitos.

Indicou que as prefeituras darão uma atenção "imediata" aos migrantes e às pessoas afetadas pelas secas e pelas chuvas, numa luta que não é apenas do governo, mas de "toda a sociedade". 

Ele explicou que o "retorno seguro" dos migrantes deve incluir registro, atendimento e retorno ao país dos migrantes e, em seguida, fornecer ajuda humanitária para "garantir que cada pessoa volte para as suas casas" nos diferentes departamentos do país.

Disse que nas prefeituras funcionam 15 espaços de atenção ao migrante que retornou e que elaborarão um inventário de disponibilidade de terrenos para construir moradia.

"Queremos continuar oferecendo uma resposta integral a todos os nossos compatriotas" e "juntos temos que transformar Honduras em um país de oportunidades", declarou Hernández, que assegurou conta com o apoio de igrejas, empresários e ONGs.

Oposição

O governo havia culpado a oposição política de promover a caravana, que partiu em 13 de outubro de San Pedro Sula (norte), para provocar a "ingovernabilidade", segundo Hernández.

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