ESTADOS UNIDOS

Autoridades de NY dizem que pacotes suspeitos foram ''atos de terror''

Pacotes suspeitos foram enviados a locais como as residências dos ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton e para a sede da emissora CNN

Estadão Conteúdo
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Publicado em 24/10/2018 às 15:13
Foto: SPENCER PLATT / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP
Pacotes suspeitos foram enviados a locais como as residências dos ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton e para a sede da emissora CNN - FOTO: Foto: SPENCER PLATT / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP
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Autoridades dos Estados Unidos realizaram uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (24) para tratar dos pacotes suspeitos encontrados mais cedo, endereçados a locais como a Casa Branca, residências dos ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton e para a sede da emissora CNN, entre outros. O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, qualificou o episódio como um "ato de terror", enquanto o governador do Estado de Nova York, Andrew Cuomo, afirmou que os pacotes foram "uma tentativa terrorista, um ataque terrorista", destinado a provocar medo na população. Cuomo comentou que um pacote foi enviado inclusive para seu próprio escritório e disse que não seria surpresa se outros ainda fossem enviados.

"Nossa cidade para alguns é um alvo internacional", disse Cuomo. Comissário de polícia de Nova York, James O'Neill afirmou que aparentemente foi enviado à CNN um pacote com dispositivo explosivo capaz de funcionar. A polícia comentou ainda que foi encontrado um pó dentro de um dos pacotes, que está sendo testado, e que o pacote enviado à emissora parece estar relacionado aos demais. Agente especial do FBI, Bryan Paarmann disse que aparentemente um ou mais indivíduos mandaram vários pacotes suspeitos e que o esquadrão de bombas desativou um dispositivo em um dos pacotes.

Apesar de o governador ter falado na possibilidade de outros pacotes terem sido enviados, o prefeito disse na coletiva que "não há outras ameaças dignas de crédito" neste momento. Ainda assim, Cuomo comentou que haveria reforço policial nas ruas, "como precaução".

Crítica a Trump

Na entrevista coletiva, Cuomo, do Partido Democrata, ainda fez uma crítica velada ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem criticado bastante a oposição nas semanas anteriores à eleição legislativa no país. O governador afirmou que as diferenças políticas devem ser respeitadas, mas pediu que se evite o extremismo. Também do partido oposicionista, Di Blasio afirmou que é preciso "evitar declarações de ódio, inclusive desde o topo".

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