Robert Bowers, acusado de entrar armado em uma sinagoga de Pittsburgh, enfrenta agora 44 acusações federais, incluindo crimes de ódio, por desatar uma onda e disparos que causou a morte de 11 pessoas, reveladas pelos promotores nesta quarta-feira (31) em uma acusação ampliada.
As autoridades dizem que Bowers, de 46 anos, invadiu a sinagoga Árvore da Vida com um rifle de assalto AR-15 e três pistolas, assassinando 11 fiéis nos serviços de Shabat e ferindo outros seis, incluindo quatro policiais.
Leia Também
"Enquanto estava dentro da Sinagoga Árvore da Vida, Bowers fez declarações que indicavam seu desejo de 'matar judeus'", disseram os promotores.
As acusações asseguram que ele cometeu os assassinatos e que, ao mesmo tempo, violou o direito constitucional das vítimas ao livre exercício de suas crenças religiosas, o que é considerado um crime de ódio sob a lei americana.
Segundo as acusações ampliadas, pode enfrentar a pena de morte, ou prisão perpétua sem liberdade condicional, seguida por uma sentença consecutiva de 535 anos de prisão, informou o Departamento de Justiça.
"O ódio e a violência baseados na religião não podem ter espaço na nossa sociedade", disse o procurador-geral, Jeff Sessions, em um comunicado.
"Todo americano tem o direito de frequentar sua casa de culto com segurança".
Antissemitismo
Bowers defendeu o violento antissemitismo e o ódio aos imigrantes na rede social Gab, muito popular entre a extrema direita, antes do ataque de sábado.
Foi colocado sob custódia após ser ferido em um tiroteio com a polícia e levado para um hospital local. A extensão de seus ferimentos não ficou clara.
Bowers compareceu ao tribunal na segunda-feira em uma cadeira de rodas e não disse nada além de "sim" e "sim, senhor" a um juiz em resposta a questões processuais.