"A crise é real e está do outro lado deste muro", afirmou a secretária de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Kirstjen Nielsen, ao ameaçar deter e expulsar todos os integrantes da caravana migrante que tentam atravessar a fronteira ilegalmente a partir do México.
Nielsen, que concedeu uma entrevista coletiva nessa terça-feira (20) em Imperial Beach, perto de San Diego, Califórnia, na fronteira sudoeste dos Estados Unidos, afirmou que a caravana que partiu de Honduras há mais de um mês tem agora 6.200 pessoas reunidas na cidade fronteiriça mexicana de Tijuana. Além disso, 3.000 estão em Mexicali.
A administração do presidente Donald Trump mobilizou quase 6.000 soldados ao longo da fronteira sul e instalou barreiras de arame farpado para evitar que os migrantes entrem nos Estados Unidos.
"Não se enganem, nós somos muito sérios. Vocês não entrarão em nosso país ilegalmente", advertiu Nielsen.
Tema essencial das eleições
Ao menos 500 migrantes que seguem para fronteira foram identificados como "delinquentes", afirmou a secretária, sem apresentar mais detalhes sobre a natureza ou origem da acusação. "Esta administração vão vai tolerar pedidos de asilo frívolos ou entrada ilegal", disse. "Se você tenta entrar neste país sem autorização, você infringe a lei dos Estados Unidos e você será detido, processado e repatriado", completou, antes de destacar que a secretaria fará todo o possível para "evitar que a caravana entre no país ilegalmente".
Assim como na eleição presidencial de 2016, Trump transformou a imigração em um tema essencial da campanha das eleições legislativas de meio de mandato de 6 de novembro, com resultados contrastantes.
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