O príncipe Turki al-Faisal, da Arábia Saudita, afirmou neste sábado que as lideranças mundiais que se encontrarão na próxima semana na cúpula do G-20, na Argentina, "terão que lidar com o príncipe herdeiro do reino, [Mohammed bin Salman]".
"Se os líderes se envolverão calorosamente com o príncipe herdeiro ou não, acho que todos reconhecem o reino como país, e o rei Salman e o príncipe herdeiro são pessoas com as quais eles têm que lidar", afirmou.
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Em entrevista à Associated Press, o príncipe Turki al-Faisal disse que o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no consulado do reino em Istambul no mês passado é "um incidente inaceitável que mancha e marca o longo registro da posição da Arábia Saudita no mundo".
ASSASSINATO
O príncipe também descartou com firmeza as avaliações de inteligência dos Estados Unidos de que o príncipe herdeiro havia ordenado a morte de Khashoggi, apontando que esses mesmos órgãos tinham uma "avaliação notavelmente falha" em 2003, no período que antecedeu a invasão do Iraque pelos EUA.
Entretanto, o presidente americano, Donald Trump, que é esperado no G-20, pôs em questão as provas apresentadas pelos serviços de inteligência ao afirmar que "apontam nos dois sentidos. Talvez ele [o príncipe herdeiro] tenha feito, talvez não".
Sobre o comentário, Turki destacou que "Trump enfatizou a relação estratégica entre os dois países na mesma declaração e como a Arábia Saudita tem sido útil em muitos
instâncias - não apenas petróleo".