O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que a Casa Branca avalia cortar subsídios para a General Motors após a maior fabricante de veículos do país anunciar que fechará cinco fábricas na América do Norte (quatro nos EUA e uma no Canadá) e que demitirá cerca de 15 mil funcionários.
Trump também criticou a GM por não fechar unidades no México e na China. "Os EUA salvaram a General Motors, e esse é o obrigado que recebemos! Nós estamos agora considerando cortar todos dos subsídios da GM, incluindo para carros elétricos", disse Trump no Twitter.
Very disappointed with General Motors and their CEO, Mary Barra, for closing plants in Ohio, Michigan and Maryland. Nothing being closed in Mexico & China. The U.S. saved General Motors, and this is the THANKS we get! We are now looking at cutting all @GM subsidies, including....
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 27 de novembro de 2018
Os carros elétricos da GM são elegíveis a um crédito fiscal de US$ 7,5 mil em lei federal que incentiva esse tipo de produto, mas não está claro como o governo pode restringir os créditos.
Em nota, a GM informou que está "comprometida em manter uma forte presença manufatureira" nos EUA depois de ter investido US$ 22 bilhões em suas operações desde 2009. Disse ainda que irá adicionar novos empregos em eletrificação e veículos autônomos.
Os cortes previstos, disse a montadora, "posicionarão a empresa para o sucesso no longo prazo e manterá e aumentará os empregos nos EUA". Segundo a GM, muitos trabalhadores em fábricas que serão impactadas poderão ser transferidos para outras unidades do grupo.
Nessa segunda-feira (26), a GM anunciou que deixará de produzir vários modelos cujas vendas estão em queda, entre os quais Cruze, Impala, Buick La Crosse, Cadillac CTG e o híbrido plug-in Volt. Paralelamente, vai focar a produção em utilitários-esportivos (SUVs), além de carros elétricos e autônomos.
Também informou que outras duas fábricas serão fechadas até o fim e 2019 em outras regiões, mão não citou quais.
Repúdio
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e a central CSP-Conlutas, à qual é filiado, divulgaram nesta terça-feira, 28, nota de repúdio aos planos da GM. Segundo a nota, a empresa está em situação financeira saudável e, ainda assim, planeja cortar 15% de sua mão de obra.
"Esta é uma medida inaceitável e que merece resposta das organizações sindicais e dos trabalhadores de todas as unidades da montadora. A reação tem de vir em forma de luta e solidariedade internacional em defesa do emprego e contra o fechamento de fábricas" disse a nota.
As entidades pedem ainda que a empresa anuncie com urgência quais serão os países (além de EUA e Canadá) a serem afetados pela reestruturação. A fábrica de São José dos Campos é a única das cinco no País que não foi contemplada no último plano de investimentos da marca, de R$ 13 bilhões, que se encerra em 2019 A GM Mercosul deve anunciar novo plano em breve.Com informações da Reuters. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.