As homenagens póstumas nacionais para George Herbert Walker Bush começaram nesta segunda-feira (3) nos Estados Unidos, quando o caixão do 41º presidente desse país foi colocado no Capitólio em Washington para receber um tributo solene.
Membros do Exército carregaram o caixão, levando-o coberto com a bandeira americana até a rotunda do Capitólio. Após uma cerimônia, as portas se abrirão ao público, às 19h30 (22h30 de Brasília) para homenagear o ex-presidente, falecido aos 94 anos nessa sexta-feira (30).
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Mais cedo, antes do avião decolar de Houston com o caixão, houve uma salva de canhões. Seu filho mais velho e 43º presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, sua esposa Laura e seus familiares presenciaram o tributo com a mão no coração antes de embarcar.
O fiel labrador do falecido presidente, Sully, também o acompanhou na viagem final à capital do país.
O caixão permanecerá no Capitólio e será protegido por uma guarda de honra, que o vigiará por pouco mais de 37 horas, dia e noite. George H.W. Bush é o 12º presidente americano a receber esta distinção.
O ex-presidente republicano havia dito que não votou em Trump em 2016, mas este anunciou que irá prestar todas as homenagens.
Trump ordenou enviar o Boeing 747, chamado Air Force One apenas quando o presidente está a bordo, para levar a Washington os restos mortais do falecido ex-presidente, uma viagem que foi chamada "Missão especial de aviação 41".
"Espero estar com a família Bush para prestar meu respeito ao presidente George H.W. Bush", tuitou Trump nesta segunda-feira.
Trump no funeral
À cerimônia no Capitólio está previsto que compareçam o vice-presidente Mike Pence e os legisladores. O ato começará às 17h00 locais (20h00 de Brasília).
Assim como os ex-presidentes Gerald Ford (2006), Ronald Reagan (2004) e Richard Nixon (1994), o 41º presidente americano será enterrado segundo o protocolo de um funeral de Estado. Acontecerá na quarta-feira, declarado dia de luto nacional, na Catedral Nacional em Washington.
Trump estará presente, como é esperado que façam seu antecessor Barack Obama e sua esposa Michelle, que anunciou o adiamento da turnê de seu livro na Europa, assim como outros ex-presidentes americanos.
A lista de convidados ainda não foi divulgada, mas Berlim anunciou o comparecimento da chanceler alemã, Angela Merkel. O ex-primeiro-ministro canadense Brian Mulroney fará um discurso, segundo a mídia americana.
Depois, os restos mortais de Bush voltarão ao Texas, seu lar.
Posteriormente, haverá outro serviço fúnebre na Igreja Episcopal de Saint Martin em Houston. Um trem levará o caixão ao campus da Universidade do Texas A&M.
Lá se encontra a Biblioteca e Museu Presidencial de George H.W. Bush, atrás da qual será enterrado ao lado de Barbara, sua esposa, que morreu em abril; e Robin, filha do casal, que morreu de leucemia aos três anos, em 1953.
Bush, que sofria de mal de Parkinson, passou o verão no Maine, no complexo da família de Kennebunkport, como costumava fazer. "Mas quando voltou para Houston, estava mais ou menos pronto para ir", disse à CNN nesse domingo seu melhor amigo (2), James Baker, que foi seu secretário de Estado.
Baker havia visitado-o na manhã de sexta-feira. "Para onde vamos, Bake?", perguntou o ex-presidente. "Para o céu", respondeu seu amigo. "Bem, é para lá que eu quero ir", disse Bush.
Suas últimas palavras foram para o filho mais velho, George W. Bush, por telefone. "Eu amo você, papai, nos vemos no paraíso", disse, segundo o relato de Baker. "Eu também te amo", lhe disse Bush pai antes de partir.