Acordo de Paris

Trump: distúrbios na França mostram que acordo sobre clima é 'equivocado'

Trump ironizou nesta as concessões feitas por seu homólogo francês, Emmanuel Macron, aos 'coletes amarelos'

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Publicado em 04/12/2018 às 23:01
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Trump ironizou nesta as concessões feitas por seu homólogo francês, Emmanuel Macron, aos 'coletes amarelos' - FOTO: Foto: Alex Edelman / AFP
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ironizou nesta terça-feira (4) as concessões feitas por seu homólogo francês, Emmanuel Macron, aos "coletes amarelos" sobre a taxação de combustíveis, avaliando que isto demonstra que o acordo de Paris sobre o clima está "equivocado".

"Estou contente de que meu amigo Emmanuel Macron e os manifestantes de Paris tenham chegado a um acordo sobre algo que já sei há dois anos: o Acordo de Paris é fatalmente equivocado porque aumenta o preço da energia para os países com responsabilidade enquanto encobre os que mais contaminam", escreveu Trump no Twitter.

Trump manifestou meses após sua chegada ao poder a intenção de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris e após tal anúncio, que causou surpresa em todo o mundo, Macron acusou o presidente americano de "errar com seu país" e "falhar com o futuro do planeta".

Denúncia

O líder americano, que elogia regularmente o uso do "magnífico carbono limpo", tem denunciado repetidamente este acordo multilateral fechado no final de 2015 na capital francesa e defendido por seu antecessor, o democrata Barack Obama, com o objetivo de limitar a alta da temperatura global.

"Quero ar limpo e água limpa, e fiz avanços importantes para melhorar o meio ambiente nos Estados Unidos", disse Trump, que habitualmente questiona o consenso científico sobre a mudança climática ou o papel das atividades humanas para agravar o fenômeno.

Macron anunciou nesta terça-feira a suspensão de várias medidas fiscais para tentar sair da crise provocada pelos protestos dos "coletes amarelos", que derivaram em violentos confrontos.

O recuo, acordado na segunda-feira durante uma reunião de crise com Macron, inclui a suspensão por seis meses do aumento de um imposto aos combustíveis, o congelamento das tarifas de luz e gás durante o inverno e o abandono de um plano para endurecer as revisões técnicas dos automóveis mais poluentes.

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