Donald Trump anunciou neste sábado (15) que o seu secretário do Interior, Ryan Zinke, deixará o cargo no final do ano, na mais recente partida de um governo marcado por mudanças desde que o magnata republicano assumiu a presidência dos Estados Unidos.
"O secretário do Interior, @RyanZinke, deixará a administração no final do ano depois de ter prestado serviços por um período de quase dois anos", escreveu Trump no Twitter.
Secretary of the Interior @RyanZinke will be leaving the Administration at the end of the year after having served for a period of almost two years. Ryan has accomplished much during his tenure and I want to thank him for his service to our Nation.......
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 15 de dezembro de 2018
.......The Trump Administration will be announcing the new Secretary of the Interior next week.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 15 de dezembro de 2018
"Ryan conseguiu muito durante o seu mandato e quero agradecê-lo por seu serviço ao nosso país", disse o presidente, acrescentando que seu substituto será anunciado na próxima semana.
Investigações
O secretário do Interior é responsável por supervisionar a conservação e extração de minérios em terrenos públicos que, somados, seriam maiores que um país como o México. Mas Zinke foi alvo de várias investigações éticas, tornando-o um ímã para as denúncias dos democratas. Segundo relatos, seu departamento estava prestes a pagar quase US$ 139 mil para melhorar as portas de seu escritório, um custo que teria sido negociado mais tarde e caído para US$ 75 mil.
Ele também enfrentou críticas por custosos voos de helicóptero da polícia que, no ano passado, permitiram que ele voltasse a Washington para cavalgar com o vice-presidente Mike Pence.
"Ryan Zinke foi um dos membros mais tóxicos do gabinete pela forma como tratou nosso ambiente, nossas preciosas terras públicas, e pela forma como tratou o governo como se fosse seu", disse o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer.
Junto com o primeiro chefe da Agência Ambiental dos Estados Unidos da era Trump, Scott Pruitt, que renunciou em julho em meio a uma série de escândalos por falhas éticas e gastos excessivos, Zinke apoiou o projeto do presidente de reduzir drasticamente as leis ambientais e expandir a produção de energia.
O anúncio acontece uma semana depois que a partida iminente de outra autoridade do alto escalão, a do chefe de gabinete da Casa Branca John Kelly, foi tornada pública.
Nessa sexta-feira (14), Trump escolheu Mick Mulvaney, diretor do Escritório de Administração e Orçamento, para preencher o cargo de Kelly. Mulvaney será a terceira pessoa a ocupar o cargo desde que o presidente assumiu o cargo em janeiro de 2017.
Uma série de importantes funcionários deixou a Casa Branca sob o comando de Trump, incluindo um secretário de Estado, dois conselheiros de segurança nacional, um procurador-geral e o chefe da Agência Ambiental.
Zinke, antigo SEAL da Marinha que ia para o trabalho com botas de caubói e tinha uma reputação de arrogância, parecia imitar Trump quando criticado, escolhendo o ataque como uma forma de defesa.
No mês passado, quando um congressista democrata disse que era hora de fazer mudanças em sua pasta, ele sugeriu em um tuite que seu crítico tinha problemas com a bebida.
"É difícil para ele pensar claramente do fundo da garrafa", escreveu ele, um comentário que para muitos em Washington supunha que Zinke havia cruzado uma linha vermelha.
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