Imelda Cortez, de 20 anos, foi absolvida nesta segunda-feira (17) por um tribunal de El Salvador, após passar 20 meses em prisão preventiva acusada de tentativa de homicídio de seu bebê, quando sofreu um parto espontâneo depois de ficar grávida por um estupro.
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"Juiz de tribunal de sentença de Usulutan absolve Imelda Cortez. Liberdade", escreveu no Twitter Bertha María Deleón, a advogada que comandou a defesa da jovem.
Um porta-voz da agrupação feminista La Casa de Todas confirmou à AFP que Imelda foi declarada "livre".
O julgamento tomou um rumo inesperado depois que a Promotoria solicitou ao tribunal que mudasse a tipificação do crime de tentativa de homicídio para "abandono e desamparo de pessoas" em prejuízo de sua filha, e pediu a condenação de um ano.
Liberdade
"O juiz determinou que não houve indício de que Imelda tenha cometido um crime", e como ficou presa durante um ano e oito meses, a deixou em liberdade, declarou à AFP o porta-voz da Agrupação Cidadã para a Despenalização do Aborto Terapêutico Ético e Eugenésico (ACDATE), Jorge Menjívar.
Antes do juiz pronunciar o veredito, grupos de feministas que se concentraram em frente ao tribunal gritavam "Liberdade para Imelda".
Após a sentença, Imelda foi libertada "imediatamente", comentou Menjívar.